Azulejos descolados fecharam piscina municipal durante dois meses

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Azulejos descolados fecharam piscina municipal

O tanque principal das piscinas municipais esteve em reparações durante cerca de dois meses devido a um problema com o revestimento de azulejo. Os trabalhos de reposição do revestimento foram concluídos na terça-feira e a piscina deverá poder voltar a ser utilizada durante a próxima semana. A autarquia descarta problemas de construção.

 

Os danos no revestimento de azulejo foram detectados no início de Setembro quando os nadadores de competição dos Pimpões reiniciaram a época. Desde então a piscina principal tem estado encerrada para obras tendo ficado em funcionamento apenas o tanque de aprendizagem.
Alberto Pereira, vereador da Câmara das Caldas com a tutela do desporto, explicou que esta não foi a primeira vez que se descolaram azulejos da piscina e que este tipo de problema é normal e recorrente neste tipo de equipamento.
“Pode ter a ver com contrações ou dilatações da estrutura”, por questões de temperaturas, “ou movimentos de terrenos, por motivos geológicos”, refere o vereador, que descarta problemas com origem na construção. “Quando um azulejo levanta os outros começam a levantar também”, acrescenta o autarca, que tem formação em engenharia civil.
Uma avaliação ao revestimento permitiu encontrar mais azulejos em risco de se descolarem, o que levou o município a optar por uma intervenção mais extensa, para prevenir a necessidade de mais trabalhos deste género num futuro próximo. Para realizar as obras foi necessário despejar completamente a piscina.
A demora da operação teve também a ver com a necessidade de importar os azulejos. “Têm de ser azulejos iguais aos originais, tiveram que vir de Itália e essas coisas demoram o seu tempo”, explicou Alberto Pereira. Outro tipo de solução poderia pôr em causa a homologação da piscina para as provas desportivas.
Além da substituição de azulejos, foi ainda substituída toda a impermeabilização externa da piscina com betumes. “Escolhemos materiais com qualidade para ficar com uma garantia de impermeabilização por mais 10 anos”, ressalvou o vereador.
A obra foi finalizada na passada terça-feira, mas devido aos tempos de secagem dos materiais, o início do reenchimento do espelho de água estava previsto apenas para hoje, sexta-feira. Serão precisos três dias para que a piscina fique cheia, sendo depois necessário recorrer ao tratamento da água e à realização das análises pela delegação de saúde. Só a meio da próxima semana se deverá poder voltar a nadar na piscina. De resto, a 19 de Novembro está prevista a realização de uma prova oficial organizada pelos Pimpões.
No total, as obras custaram ao município cerca de 15 mil euros, aos quais acresce IVA. Deste montante, 5 mil euros são referentes aos azulejos e respectivas colas, outros 5 mil euros para a impermeabilização e outro tanto para mão-de-obra.
Já no ano passado as piscinas municipais foram alvo de uma intervenção para substituir parte da caixilharia e os vidros que se encontravam partidos, que custou aos cofres do município cerca de 70 mil euros. A estrutura foi inaugurada em 2003 com um orçamento de 3,5 milhões de euros.

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