Uma das principais avenidas de La Codosera chama-se Caldas da Rainha

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Mário LinoCaldas da Rainha já é nome de avenida em La Codosera, na Estremadura espanhola. A cerimónia de descerramento da lápide numa das vias principais da vila situada na raia, que pertence à província de Badajoz e fica a poucos quilómetros de Portalegre, decorreu no passado dia 3 de Julho e contou com a presença de mais de meia centena de caldenses.
Mário Lino, o caldense que esteve na origem desta homenagem pelo intercâmbio que tem feito com aquela localidade, considera que a cerimónia correu “muito bem” destacando a simplicidade que a marcou.
“Um protocolo extremamente reduzido transformou-a numa cerimónia popular, numa festa”, disse, destacando que “não havia ali um grupo de políticos ou gente com outro interesse que não fosse o de assistir a esta “união” das duas localidades”.
Mário Lino destaca ainda o facto da comitiva das Caldas, que contou com a presença do vice-presidente da Câmara, Tinta Ferreira, ter sido recebida ao som do hino nacional português, tocado pela banda de La Codosera. “Foi a melhor forma de nos fazer sentir que estamos em nossa casa”, disse à Gazeta das Caldas.
Esta homenagem às Caldas é fruto do trabalho desenvolvido nos últimos dois anos em que terminou naquela vila o raid cicloturístico Caldas-Badajoz. Por isso uma representação do Ayuntamiento de La Codosera esteve nas Caldas na apresentação da última exposição sobre as Primeiras Voltas a Portugal no Museu do Ciclismo. Também a convite de Mário Lino, representantes do mesmo Ayuntamiento, e o próprio alcaide, participaram na Feira das Artes e Cultura, que se realizou na Redinha e as bandas filarmónicas do Louriçal e de La Codosera já fizeram intercâmbios.
Mais recentemente o activista desportivo e cultural caldense participou na Semana Cultural de La Codosera, onde apresentou a exposição “A República na toponímia de vilas e cidades de Portugal no bilhete postar ilustrado”, e está a preparar uma publicação e exposição que terá por título “Rostos de La Codosera”. Trata-se de um conjunto de imagens de “acontecimentos na povoação e daquilo que a vila tem de melhor, como é o caso da água do rio Gevora que nasce na Serra de S. Mamede e atravessa La Codosera”, conta o responsável.
Mário Lino destaca o papel do cicloturismo nestes últimos 30 anos, enquanto “cordão umbilical” de várias iniciativas de intercâmbio e aproximação das Caldas com outras localidades, nomeadamente em Espanha. “Já temos o nome da cidade em quatro ruas de Espanha, que acontece não só devido ao cicloturismo mas também a todas as outras actividades paralelas que temos vindo a desenvolver”, conta, lembrando o trabalho e dedicação de várias personalidades ligadas ao desporto e às instituições culturais na cidade que contribuíram para esta abertura ao exterior.
Entre outros, Mário Lino lembrou as figuras do dirigente desportivo Raul Jardim Graça, do presidente do Orfeão Caldense, Carlos Silva, do presidente da Banda Comercio e Industria, Armando Escoto, e dos dirigentes associativos António Aniceto e Mário Tavares, assim como o apoio institucional da autarquia, através do seu presidente Fernando Costa.

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