Auto-estradas da região perdem tráfego desde 2011

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O número de veículos a circular nas auto-estradas portuguesas tem vindo a diminuir desde o início da crise e 2012 não foi excepção. Esta quebra de tráfego, que ainda continua a registar-se este ano, deve-se, segundo a Brisa, que detém diversas concessões no país, a uma “conjuntura macroeconómica desfavorável”.
A Concessão Atlântico é aquela que serve a região Oeste. A Auto-Estradas do Atlântico é detida a 50% pela Brisa e inclui a A8 (Lisboa-Leiria) e a A15 (Caldas da Rainha – Santarém), num total de 170 quilómetros (dos quais 144 com portagem).
O Tráfego Médio Diário Anual (a média de veículos que nela circulam em cada um dos 365 dias do ano e que se designa por TMDA) diminuiu em 12,5% na A8 e em 17,7% na A15.
Na A8, a maior redução verificou-se nos troços a norte de Caldas da Rainha, destacando-se a secção Valado dos Frades – Pataias, onde a redução de veículos foi de 18,8%, o que se traduziu em menos 2.186 veículos num ano.
Já na A15, entre 2011 e 2012, a maior redução de TMDA, que foi de 17,9%, registou-se nos troços entre A-dos-Francos e Rio Maior Oeste e entre Malaqueijo e o nó esta auto-estrada com a A1 em Santarém.
Já no que diz respeito à Concessão Litoral Centro (Brisal), esta é detida a 70% pela Brisa e tem por objecto a exploração em regime de portagem da A17 entre Marinha Grande e Mira. Nesta estrada, entre 2011 e 2012 assistiu-se a uma redução de 15,9% no tráfego médio diário anual.

A17 sem veículos leva Brisa a pedir ajuda ao Estado

A concessão do Litoral Centro (A17), forma conjuntamente com as concessões da Costa de Prata e a Concessão Atlântica uma alternativa à A1. No entanto, esta deixou de ser encarada com tal, desde 2010, altura em que foram introduzidas portagens na Concessão Costa da Prata. Desde então a A17 tem vindo a perder passageiros porque os condutores preferem continuar pela A1 entre Lisboa e o Porto, uma vez que já não lhes sai mais barato usar aquela alternativa.
Segundo o Relatório e Contas da Brisa, a introdução de portagens nessa concessão, que inclui várias auto-estradas (entre elas a A17 entre Mira e Aveiro), “para além de incrementar substancialmente os custos de circulação do corredor, também o tornou mais oneroso que o corredor estabelecido pela A1”.
De acordo com o mesmo documento, o concessionário Brisal considera que, em virtude disso, “se encontra comprometida a viabilidade futura do projecto, não podendo a concessionária satisfazer os seus compromissos futuros”. E apresentou ao Estado um pedido de reequilíbrio financeiro “no sentido de adequar as condições dos actuais contratos, aos pressupostos iniciais”.

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QUEBRAS EM TODO O PAÍS

No ano passado o TMDA nas auto-estradas da Brisa Concessão Rodoviária foi de 15.855 veículos. Este número representa, face a 2011, uma diminuição do tráfego na ordem dos 14%.
A A1 foi a que teve das menores perdas de tráfego, entre 2011 e 2012, tendo registado uma redução no TMDA de 13,3%. Por outro lado, a A2 (Lisboa – Paderne), auto-estrada que muitas pessoas usam no Verão para ir de férias para o Algarve, foi das que assistiu a uma maior redução do TMDA, que se situou nos 18,4%.
JOGO DO EMPURRA

Para poder informar os seus leitores, Gazeta das Caldas enviou por mail diversas perguntas às empresas concessionárias (Brisa e Auto-estradas do Atlântico) e à empresa Estradas de Portugal. Inicialmente, apenas a Estradas de Portugal nos respondeu dizendo que devíamos contactar o Instituto da Mobilidade e dos Transportes pois, segundo a empresa, “A Estradas de Portugal não acompanha a Concessão do Litoral Centro, sendo o papel de representante do Estado na gestão desse Contrato de Concessão da responsabilidade do IMT”.
Contactámos então o IMT que nos respondeu limitando-se a fornecer apenas os contactos da… Estradas de Portugal.
Após várias tentativas, o IMT reconheceu finalmente que cabe a este instituto público fornecer a informação pedida.

Tiago Mota

tmota@gazetadascaldas.pt

O número de veículos a circular nas auto-estradas portuguesas tem vindo a diminuir desde o início da crise e 2012 não foi excepção. Esta quebra de tráfego, que ainda continua a registar-se este ano, deve-se, segundo a Brisa, que detém diversas concessões no país, a uma “conjuntura macroeconómica desfavorável”.
A Concessão Atlântico é aquela que serve a região Oeste. A Auto-Estradas do Atlântico é detida a 50% pela Brisa e inclui a A8 (Lisboa-Leiria) e a A15 (Caldas da Rainha – Santarém), num total de 170 quilómetros (dos quais 144 com portagem).
O Tráfego Médio Diário Anual (a média de veículos que nela circulam em cada um dos 365 dias do ano e que se designa por TMDA) diminuiu em 12,5% na A8 e em 17,7% na A15.
Na A8, a maior redução verificou-se nos troços a norte de Caldas da Rainha, destacando-se a secção Valado dos Frades – Pataias, onde a redução de veículos foi de 18,8%, o que se traduziu em menos 2.186 veículos num ano.
Já na A15, entre 2011 e 2012, a maior redução de TMDA, que foi de 17,9%, registou-se nos troços entre A-dos-Francos e Rio Maior Oeste e entre Malaqueijo e o nó esta auto-estrada com a A1 em Santarém.
Já no que diz respeito à Concessão Litoral Centro (Brisal), esta é detida a 70% pela Brisa e tem por objecto a exploração em regime de portagem da A17 entre Marinha Grande e Mira. Nesta estrada, entre 2011 e 2012 assistiu-se a uma redução de 15,9% no tráfego médio diário anual.

A17 sem veículos leva Brisa a pedir ajuda ao Estado

A concessão do Litoral Centro (A17), forma conjuntamente com as concessões da Costa de Prata e a Concessão Atlântica uma alternativa à A1. No entanto, esta deixou de ser encarada com tal, desde 2010, altura em que foram introduzidas portagens na Concessão Costa da Prata. Desde então a A17 tem vindo a perder passageiros porque os condutores preferem continuar pela A1 entre Lisboa e o Porto, uma vez que já não lhes sai mais barato usar aquela alternativa.
Segundo o Relatório e Contas da Brisa, a introdução de portagens nessa concessão, que inclui várias auto-estradas (entre elas a A17 entre Mira e Aveiro), “para além de incrementar substancialmente os custos de circulação do corredor, também o tornou mais oneroso que o corredor estabelecido pela A1”.
De acordo com o mesmo documento, o concessionário Brisal considera que, em virtude disso, “se encontra comprometida a viabilidade futura do projecto, não podendo a concessionária satisfazer os seus compromissos futuros”. E apresentou ao Estado um pedido de reequilíbrio financeiro “no sentido de adequar as condições dos actuais contratos, aos pressupostos iniciais”.

QUEBRAS EM TODO O PAÍS

No ano passado o TMDA nas auto-estradas da Brisa Concessão Rodoviária foi de 15.855 veículos. Este número representa, face a 2011, uma diminuição do tráfego na ordem dos 14%.
A A1 foi a que teve das menores perdas de tráfego, entre 2011 e 2012, tendo registado uma redução no TMDA de 13,3%. Por outro lado, a A2 (Lisboa – Paderne), auto-estrada que muitas pessoas usam no Verão para ir de férias para o Algarve, foi das que assistiu a uma maior redução do TMDA, que se situou nos 18,4%.
JOGO DO EMPURRA

Para poder informar os seus leitores, Gazeta das Caldas enviou por mail diversas perguntas às empresas concessionárias (Brisa e Auto-estradas do Atlântico) e à empresa Estradas de Portugal. Inicialmente, apenas a Estradas de Portugal nos respondeu dizendo que devíamos contactar o Instituto da Mobilidade e dos Transportes pois, segundo a empresa, “A Estradas de Portugal não acompanha a Concessão do Litoral Centro, sendo o papel de representante do Estado na gestão desse Contrato de Concessão da responsabilidade do IMT”.
Contactámos então o IMT que nos respondeu limitando-se a fornecer apenas os contactos da… Estradas de Portugal.
Após várias tentativas, o IMT reconheceu finalmente que cabe a este instituto público fornecer a informação pedida.

Tiago Mota
tmota@gazetadascaldas.pt

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