A obra da ampliação da Santa Casa da Misericórdia das Caldas da Rainha (SCMCR), prevista para arrancar em Junho só terá início em Janeiro de 2013, após problemas com a empresa que ganhou o concurso público.
Segundo a Misericórdia caldense, esta não entregou a documentação devida e a instituição caldense rescindiu contrato. A empresa colocou a instituição em tribunal que, passados seis meses, deu razão à Misericórdia que assinou na passada sexta-feira, 21 de Dezembro, com a empresa que ficou classificada em segundo lugar, as Construções Manuel & Lino, Lda de Pombal.
O valor da obra acresce mais 70 mil euros do que a proposta da primeira empresa.
A SCMCR tem também um contrato com a Segurança Social e neste momento gere a única cantina social da cidade. Fornece sete dezenas de refeições, durante sete dias por semana e em breve chegará às 80.
A Misericórdia das Caldas tinha previsto iniciar as suas obras de ampliação nas suas instalações da sua sede (junto à Rainha) no passado mês de Junho. O concurso público para realizar a obra foi ganho pela empresa Imosoudos SA (Sintra), e estava orçada em 1,3 milhões de euros. O arranque da intervenção foi simbolicamente assinalado com a presença de Marco António Costa, secretario de Estado da Solidariedade e da Segurança Social, a 22 de Junho. Só que a obra não pôde arrancar visto que a empresa vencedora “não entregou a documentação devida para se fazer o contrato e, por isso, rescindimos com eles”, disse o provedor, Lalanda Ribeiro.
A SCMCR quis depois negociar com a empresa que ficou em segundo lugar, a Construções Manuel & Lino, Lda (Pombal) só que, a Imosoudos SA (Sintra), “colocou-nos uma providência cautelar o que atrasou todo o processo”.
Há três semanas a Misericórdia recebeu a notificação do tribunal “de que tínhamos razão, a documentação que nos tinha sido entregue não estava correcta e por isso já contratualizámos a obra com a segunda empresa que também pretende arrancar com a obra o mais depressa possível”, disse.
O prazo de execução da obra é de 10 meses, logo, se tudo correr bem, “no final de 2013 pensamos ter as novas instalações”, acrescentou o provedor.
Esta intervenção vai permitir transferir para as instalações da Misericórdia, junto à Rainha (Av. Dom Manuel Figueira Freire Câmara) o Centro de Acolhimento Temporário que actualmente funciona actualmente na Praça 5 de Outubro. Vai permitir remodelar as instalações do Internato Feminino, o que implicará melhorar a qualidade de vida dos idosos da instituição, como a capacidade de armazenamento e da rouparia da SCMCR.
“Em breve vamos estar a fornecer 80 refeições”
“Desde Setembro que estamos a fornecer 70 refeições por dia, sete dias por semana”, disse Lalanda Ribeiro. A nova cantina social, a única a funcionar na cidade, distribui a comida na Colmeia (antigas instalações da Infancoop). As instalações foram cedida pelas autarquia e as pessoas, que precisam de refeições, levam a comida fornecida para consumir nas suas casas.
“Vamos em breve chegar ao fornecimento de 80 refeições. Temos capacidade para fornecer mais, só que a Segurança Social não permite já que entende que cada instituição só deve fornecer este número”, disse o provedor.
Para a nova cantina, as juntas de freguesia “ofereceram-nos os bicos de gás para podermos cozinhar e um frigorifico”, contou o responsável acrescentando que agora têm necessidade de uma varinha mágica industrial para poder fazer os purés.
“As grandes superfícies continuam a ajudar e a dar-nos bens, mas, na verdade, toda a ajuda é bem vinda”, disse o provedor.
Durante os passados fins de semana têm-se realizado campanhas de recolha de alimentos nas grandes superfícies, em redor das Caldas, para várias instituições e a população tem contribuído. “As pessoas são muito solidárias e continuam a contribuir. Necessitamos de bens alimentares e de roupa para depois distribuirmos por quem mais precisa”.
Para receber as refeições, as pessoas são enviadas pela Câmara Municipal, pela Segurança Social e outras inscrevem-se directamente na Misericórdia.
“Neste momento estamos a acolher as mais necessitadas”, disse o provedor acrescentando que foram contratadas três pessoas ao abrigo do programa que permite desenvolver o projecto das cantinas sociais.
Além da Misericórdia, também o Centro de Apoio Social do Nadadouro e da Fonte Santa – Centro Social da Serra do Bouro são as instituições que também vão fornecer as refeições.
“O Centro do Nadadouro quer fazer a distribuição nas Caldas e estamos em pensar em usar a Columbófila”, disse a vereadora Maria da Conceição, presente na festa de Natal da Misericórdia. A Fonte Santa – Centro Social da Serra do Bouro “quer dar apoio na sua zona geográfica e ser o pólo aglutinador das outras freguesias no sentido de orientar e ver no terreno quem são as pessoas a quem é necessário fornecer as refeições”, disse a autarca referindo que a Câmara está disponível para apoiar estas iniciativas.
Natacha Narciso
nnarciso@gazetadascaldas.pt






























