A nova direção tomou os destinos da associação há dois anos e tem vindo a tentar imprimir-lhe dinâmica
A Associação Recreativa e Cultural da Torre, Casal da Areia, Formigal, Casal de Malpique e Arredores, fundada em 1982 esteve encerrada cerca de três anos na sequência da pandemia de covid-19. Uma nova direção, presidida por Maria do Céu Santos, tomou conta dos destinos da coletividade há dois anos e tem vindo a tentar imprimir-lhe dinâmica.
O grupo que assumiu a direção tinha sido previamente formado para angariar dinheiro para as obras na capela local e foi nesse âmbito que surgiu a ideia de dinamizar um almoço na associação, que se encontrava fechada. A partir daí as coisas desenvolveram-se e acabaram por se tornar nos novos corpos sociais, inicialmente praticamente apenas mulheres, contrariando a história da coletividade até então, que nunca tinha tido uma mulher presidente e cujas direções eram normalmente constituídas por homens.
O grupo tem aberto a sede da coletividade todos os domingos, sendo um ponto de encontro para as pessoas da aldeia, e não só, fazendo jus ao “arredores” no nome da associação. Por lá encontramos quem jogue dominó, quem esteja a preparar os pães (simples, com chouriço, torresmos ou bacalhau), as filhoses e o café d’avó, há quem meta a conversa em dia ao balcão, entre um café e o folhear da Gazeta das Caldas para saber as novidades. É o normal papel de uma coletividade de ser o local onde as pessoas podem conviver.
Maria do Céu Santos realça que “não tinha experiência de associativismo” e que, embora os pais tenham sido fundadores da coletividade, nunca tinha sido frequentadora da mesma. Sentiu, no entanto, que “era uma pena estar fechada”.
Recorda “os tempos áureos” em que havia ginástica no salão e os carnavais da Torre, que eram “uma referência na região”. Dessas épocas dos anos 90 do século passado recordam-se ainda as festas de passagens de ano.
Uma das iniciativas desta nova direção foi a abertura de uma biblioteca com livros que foram doados à associação, mas têm também vindo a desenvolver atividades, como almoços convívios (e eventos alusivos a datas comemorativas), bem como festas.
Os fundos angariados nos vários eventos que organizam serão utilizados na manutenção da coletividade e numa grande obra: a substituição do telhado, que tem infiltrações.
Outra prioridade será o tratamento do chão do salão, até porque essa é a zona mais antiga do edifício.































