A intervenção nas arribas da Foz do Arelho, que inclui a sua requalificação e conservação deverá estar terminada em inícios de Maio. O projecto, elaborado pela arquitecta Nadia Schilling, desenvolvido pela autarquia caldense em conjunto com a ARH – Tejo (Administração da Região Hidrográfica), foi adjudicado à empresa Asibel pelo valor de 836,7 mil euros, comparticipados em 85% por fundos comunitários.
Os percursos pedestres já existentes nas arribas foram ligados entre si através de passadiços de madeira e existem miradouros com algum mobiliário onde os visitantes podem contemplar a paisagem.
Neste momento falta colocar as guardas nos passadiços, que o vereador Hugo Oliveira prevê que venha a ocorrer na próxima semana. Até porque, com o bom tempo que se tem feito sentir, muitas são as pessoas que aproveitam para visitar o local e circular pelos percursos, alguns deles neste momento bastante perigosos.
O vereador lembra que há sinalização no local a impedir o acesso, no entanto esta não é respeitada. “Houve alguns pormenores a definir, nomeadamente o facto das barras terem que estar seguras e não poderem cortar a vista da paisagem, o que demorou mais algum tempo”, explicou à Gazeta das Caldas.
Com estes passadiços em madeira pretende-se criar a “ligação entre os vários espaços e encontrar entre os vários miradouros condições para que as pessoas possam contemplar o mar e tirar alguma sobrecarga de estacionamento sobre as arribas”, explicou Hugo Oliveira. O autarca adiantou ainda que será colocada vegetação autóctone e placas identificativas do percurso.
Uma das criticas que tem sido feita a esta intervenção é o facto de ter muitos degraus e não permitir a passagem de pessoas com mobilidade reduzida. Hugo Oliveira conhece essas críticas e afirma que têm que adaptar os projectos aos espaços existentes e que as arribas apresentam desníveis que não permitem colocar rampas, acrescentando que já falou com pessoas de mobilidade reduzida que lhe confirmaram isso mesmo.
No entanto, refere que é garantido a todos o acesso aos miradouros, bem como o passeio até à praia. “São condicionantes do espaço em si, mas pretendemos que seja muito utilizado, que as pessoas possam circular, possam ver a paisagem e praticar exercício físico”, realçou o autarca.
Junto à estrada haverá também um passeio e uma ciclovia, onde se vai começar a colocar o piso.
Este projecto era uma aspiração da Junta de Freguesia da Foz do Arelho, nomeadamente no que se refere à requalificação dos miradouros que estavam “completamente abandonados, tendo chegado a cair carros pelas arribas abaixo”, contou o presidente da Junta, Fernando Horta.
Há cerca de oito anos, a Junta contratou um arquitecto estagiário que começou a planear a revitalização de toda a zona das arribas, Avenida do Mar e do Cais.
Fernando Horta acredita que a intervenção que está em curso irá valorizar a zona e será um motivo de atracção para as pessoas que visitam a Foz. Para além disso, permite “disciplinar o uso da arriba e protegê-la, uma vez que o escoamento de águas foi corrigido”, explicou.
O elevado número de pessoas que já utiliza os passadiços ainda com a obra incompleta é visto pelo autarca como um sinal de que esta “é desejada e deverá ser muito utilizada”.
O único senão é que a obra foi pensada em conjunto com a requalificação da Avenida e do Cais, mas acaba por ser a primeira a ser concretizada, uma vez que o incêndio nos bares, em Agosto de 2010, levou a que os projectos tivessem que ser reformulados e depois “correr toda a via sacra” das aprovações.































Pena é que neste momento, em final de Agosto/2013, tudo continue na mesma: parado e inacabado.
Por outro lado, a requalificação do Cais, zona emblemática da Foz, está na mesma! Ou pior, pelo que parece aguarda-se pacientemente a sua derrocada, desculpabilizada pela afixação de uma “passagem interdita”.
Será que não há nunguém que dação alguma coisa?