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O Natal em Alvorninha realizou-se este ano no interior do pavilhão D. José Policarpo
Alvorninha celebrou o Natal nos dias 14 e 15 de dezembro, com a realização da quarta edição deste evento natalício. A fogueira de Natal é marca da iniciativa, que este ano, devido às condições meteorológicas adversas, se realizou no interior do pavilhão D. José Policarpo, com o madeiro “à porta”. A iniciativa surgiu ainda antes da pandemia, centrada na fogueira de Natal e com o objetivo de reunir as associações da freguesia. “É a primeira vez que será no interior e ganha-se em conforto”, explica à Gazeta o presidente da Junta, José Henriques.
No interior encontramos um mercadinho de Natal com comes e bebes e venda de artesanato e produtos alimentares, que eram promovidas por seis associações da freguesia. “Temos uma associação que todos os anos faz vinho quente”, conta o autarca, salientando as semelhanças com outros pontos da Europa. O mercadinho contava com oito bancas de artesanato, a maioria de pessoas da freguesia. É o caso de Marco Anjos, dos Chãos, que há três anos começou a vender mel. O fascínio pelo mundo das abelhas veio por acaso. “Foi há uns 15 anos, estava a trabalhar nas obras e recebi um convite de um apicultor”, conta. Atualmente produz mel de eucalipto, multifloral e de rosmaninho e vai começar o de alecrim. Lançou a Loja do Apicultor e tem 340 colmeias com milhares de abelhas. Além do mel, produz propólis, pólen e fez umas ecológicas velas de cera com motivos natalícios. Outra vertente do negócio é a venda de material. Este evento (tal como as Tasquinhas, as Adiafas dos Vidais ou a Frutos) é importante para a divulgação para fora da freguesia. “Também faço o mercado de Santana aos domingos e vou lançar o site”, revela, realçando a importância destas iniciativas. “Faz com que a freguesia esteja viva, toda a gente vem cá e convive”, realça.
A festa do Centro Escolar, no sábado, seguida da atuação da Escola de Música da Sociedade Filarmónica de Alvorninha, foram atrativos, tal como o espetáculo dos Brass Dass, do Caldas Convida. Para os mais novos havia insufláveis e o Pai Natal distribuiu presentes.
A dar um pezinho de dança ao som da animação de César Martins, já depois do almoço sénior (que se realiza há mais de 30 anos e que reuniu 200 pessoas), estava Lucília Venceslau, que passou anos emigrada na Alemanha. A sua mãe teve 10 filhos, dos quais alguns já partiram. Neste almoço participaram cinco irmãos. “É uma maravilha a freguesia ter este tipo de momentos em que as pessoas se encontram”, afirma, elogiando o mercadinho. “Já comprei um centro de mesa e estou a divertir-me, passa-se aqui bem um dia”, conta.
No domingo houve o Concerto de Natal da Banda Filarmónica de Alvorninha, com o coro da Academia de Música de Óbidos, sob a direção do maestro Renato Tomás, na igreja.
A Junta investe três mil euros no evento e José Henriques nota o desafio de o realizar num multiusos, que no dia seguinte recebia jogos de futsal. Tal levou a organização a desmontar tudo e montar balizas pela noite dentro. ■
