Autarquia reafirma aposta de condições nas freguesias e os proprietários mantêm o propósito da instalar farmácia na cidade

A Câmara das Caldas voltou a manifestar a sua oposição ao pedido de transferência para a cidade da Farmácia Neto Lda, que detém um alvará da farmácia em Alvorninha. Na reunião que decorreu na tarde de 25 de abril, o executivo deliberou, por unanimidade, que é “fundamental para a freguesia a manutenção da farmácia em Alvorninha e não a sua substituição por um posto farmacêutico, que é diferente”, explicou o presidente, Vítor Marques, à Gazeta das Caldas.
O assunto, que já tinha merecido o veredito do executivo no início do mês voltou à reunião de Câmara a 18 de abril, na sequência da entrega de documentação do Infarmed e contou com a participação de dois dos sócios da farmácia, que voltaram a evocar a existência de outra farmácia próxima, nos Vidais, que garante a acessibilidade ao medicamento e a possibilidade de existir em Alvorninha um posto farmacêutico, como razões para a transferência do alvará para as Caldas. Também uma moradora do Bairro Lisbonense, zona onde foi feito um manifesto de apoio à instalação de farmácia na zona sul da cidade, defendeu a existência de um equipamento de saúde na zona da antiga secla.
O executivo reconhece as dificuldades que os proprietários estão a ter para manter a farmácia a funcionar e espera que “consigam encontrar soluções para as mitigar”. No entanto, o pedido de apoio mensal de 3000 euros “é um não assunto” para discussão, considera Vítor Marques, fazendo notar que a autarquia “não está em condições de apoiar um privado para a manutenção da sua situação contabilística”.
Questionados os proprietários da Farmácia Neto relativamente à decisão da Câmara no sentido de não permitir a transferência do alvará de Alvorninha para o Bairro Lisbonense, afirmam que irão, “em conjunto com a Câmara e as duas freguesias em causa – Alvorninha e Nossa Senhora do Pópulo – procurar rapidamente uma solução”, explica Paulo Neto Freire.
O empresário reitera que as Câmaras, desde 1 de agosto de 2019, passaram a poder ter a iniciativa de suscitar junto do Infarmed a abertura de concurso público para um novo posto farmacêutico.
“Essa é a solução de mudança pois no concelho não há ainda nenhum posto farmacêutico”, defende, acrescentando que o novo executivo municipal fez seu o lema “vamos mudar” e se, “como comprovam as muitas assinaturas recolhidas, faz já agora falta uma farmácia no Bairro Lisbonense, porque não se aproveitam, na nossa cidade, as ideias no momento certo? É preciso esperar, quanto mais tempo, para se reconhecer que esta iniciativa faz todo o sentido?”, questiona. ■

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