Entidade reguladora revelou recentemente que 98.97% da água da torneira no Oeste é segura, ou seja, controlada e de boa qualidade
A percentagem de água segura, ou seja, aquela que é controlada e que apresenta boa qualidade, está no Oeste ligeiramente acima da média nacional. O conjunto dos 12 concelhos oestinos apresenta uma média de 98,97% de água segura na torneira dos consumidores, enquanto a nível nacional esse valor se cifra nos 98,66%, especialmente devido a alguns concelhos de menor dimensão localizados, na sua maioria, no interior (tanto no Centro como no Norte do país).
Cinco concelhos do Oeste apresentaram em 2019 100% de água segura: Óbidos, Nazaré, Cadaval, Bombarral e Alenquer
Segundo os últimos dados disponíveis, divulgados no relatório anual do setor, publicado pela Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos, houve mesmo cinco concelhos no Oeste, em 2019, com 100% de água segura: Óbidos, Bombarral, Cadaval, Nazaré e Alenquer. Comparativamente com 2018, há menos um concelho da região com 100% de água segura, uma vez que Óbidos melhorou a qualidade da sua água (tinha 99,85%), mas Sobral de Monte Agraço e Torres Vedras registaram ligeiras diminuições (dos 100% para os 99,73 e 99,40%, respetivamente).
Nas Caldas da Rainha registou-se uma muito ligeira diminuição, dos 99,90% para os 99,84%. Cenário semelhante em Alenquer (que tinha 99,88 e em 2019 se ficou pelos 99,77%).
Nas Caldas registou-se uma muito ligeira diminuição da qualidade da água, dos 99,90% para os 99,84%
Em Alcobaça houve uma subida dos 99,12% para os 99,69%, assim como nos concelhos de Peniche e Lourinhã, onde também se registaram aumentos face a 2019, cifrados nos 0,04 e 0,10%, respetivamente.
No relatório publicado pela entidade reguladora do setor é registada a “evolução significativa que o abastecimento público de água em Portugal continental sofreu nos últimos anos”, em especial nos níveis da qualidade da água fornecida na torneira dos consumidores.
Hoje em dia, é possível garantir que “99% da água é controlada e de boa qualidade (água segura), quando em 1993 este indicador se cifrava apenas nos 50%”, realçou a ERSAR.
No relatório é ainda salientado que a qualidade da água dos fontanários, que são origem única de água destinada ao consumo humano, é inferior à média nacional, um dado que não é surpreendente e que se deve “essencialmente à falta de desinfeção da água e ao pH baixo da água nos fontanários, onde não existe necessidade de correção do pH uma vez que não existe rede ao domicílio”.
O relatório esclarece, também, que “nas 186 zonas de abastecimento de fontanários (5% do total das zonas de abastecimento de Portugal continental) ocorrem 8% do total dos incumprimentos do país”, isto é o mesmo que dizer que 422 dos 5.174 incumprimentos acontecem nestes fontanários. Desses, quase metade (49%) são devidos a pH baixo da água e praticamente um terço (33%) são de origem microbiológica.
Por dia são tratados 1,8 milhões de metros cúbicos de água em Portugal. Segundo a entidade reguladora do setor, por ano são realizadas em todo o país cerca de 616 mil análises à qualidade da água.
A mesma fonte divulga ainda que cada cidadão recorre a uma média de 189 litros de água por ano, nas várias utilizações possíveis. ■































