Projeto continua a ser desenvolvido, mas só será apresentado aos sócios quando houver “dados novos”, revela Francisco Rita. O presidente da instituição acredita em resultados positivos em 2022
O Conselho de Administração do Montepio Rainha D. Leonor continua a desenvolver o processo de construção do novo hospital e está a estudar a possibilidade de recorrer ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para financiar o projeto.
“A nossa intenção é que seja o Montepio a fazer a obra, mas isso só poderá acontecer com fundos do PRR. Estamos a aguardar que surjam linhas de investimento na saúde”, revelou à Gazeta o presidente da instituição, explicando que avançará com a consulta aos associados sobre o projeto “quando houver dados novos”.
Francisco Rita volta a rejeitar uma parceria com um privado para a construção do hospital, mas admite estabelcer um acordo “com um grupo hospitalar que tenha capacidade de resolver problemas que o Montepio não consiga, tal como sucede, por exemplo, com o Centro Hospitalar do Oeste”.
“Estamos a desenvolver o projeto, em conjunto com especialistas e, assim que tenhamos novidades e existam condições, convocaremos a assembleia geral”, frisa o dirigente, explicando que a intenção do Conselho de Administração passa por instalar o hospital no edifício adquirido à EDP, que albergará os serviços administrativos e telemedicina, entre outros serviços. “É opinião unânime dos arquitetos consultados que será necessário, e mais barato, construir um novo edifício, contíguo, onde será instalada toda a área de internamento e bloco operatório”, sublinha Francisco Rita.
Sair do “vermelho”
As contas de 2021 do Montepio ainda não estão fechadas, mas o presidente da instituição acredita que, na sequência de medidas tomadas após a entrada em funções, foi “possível inverter” o cenário de desequilíbrio financeiro, agravado com a pandemia. “2021 foi um ano positivo e os resultados financeiros estão a melhorar, embora não fosse possível, em seis meses, recuperar de 500 mil euros de resultados negativos”, sustenta o dirigente, que acredita “estarem criadas as condições” para que a entidade apresente resultados positivos em 2022.
Em jeito de balanço dos primeiros meses de mandato, Francisco Rita enaltece a “colaboração dos funcionários”, que foram recetivos às alterações introduzidas pela administração e o papel do novo diretor clínico, António Martins, nomeado em dezembro, que conseguiu “ser um elemento apaziguador” na estrutura.
O responsável revela que as obras no Centro de Apoio aos Idosos Dr. Ernesto Moreira “estão praticamente concluídas”, depois de “terem estado em risco”, num processo liderado pela vogal Maria Fernanda Gonçalves, e em que foi “possível reverter a situação”.
Relativamente ao Condomínio Residencial, o Conselho Geral da instituição aprovou a proposta apresentada pelo Conselho de Administração no sentido de se passar a cobrar o condomínio, o que ainda não aconteceu desde a abertura do equipamento, assunto que ainda terá de ser levado a assembleia geral com os proprietários dos apartamentos.
Outra área que mereceu a atenção dos dirigentes foi o parque de estacionamento, que já está a funcionar com Via Verde e passou a ter uma máquina de cobrança automática, o que permite que a infraestrutura, que “tinha um horário muito limitado”, passe a funcionar 24 horas/dia e possa “responder às necessidades de estacionamento” no centro da cidade, funcionando, ao mesmo tempo, como uma maior fonte de receitas.
Para o ano de 2022, o Montepio vai iniciar a requalificação do piso 0 da Casa de Saúde, por forma a “melhorar as condições para os funcionários e clientes”, sendo ainda projetada a criação de um Serviço de Observação com duas camas. O novo serviço do Otorrinolaringologia já foi aberto e deve ser inaugurado em breve e até ao fim do mês abre uma nova consulta de Pneumologia, com meios complementares de diagnóstico. ■































