Adiafas celebram o vinho leve e a pera Rocha

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Fanfarra dos Bombeiros atuou na inauguração do certame

Fim das colheitas é celebrado com certame que é uma mostra do que de melhor o Cadaval tem

Está a decorrer até ao dia 27 de outubro, a 25ª edição do Festival das Adiafas do Cadaval, no Pavilhão João Francisco Ribeiro Corrêa.
O evento celebra o final das colheitas da vinha e da pera Rocha, dois produtos bandeira deste município que aqui são valorizados e congrega a vertente técnica com a divulgação e exposição, aliando ainda a animação, as atividades equestre e umas tasquinhas dinamizadas pelas coletividades que realçam o melhor da gastronomia local. O vinho leve, tão caraterístico deste território, também tem grande foco naquele que é já o XXI Festival Nacional do Vinho Leve.
Manuel Arsénio é representante dos vinhos Vale de Zias, que participou pela primeira vez no Festival das Adiafas, apesar de o negócio de família vir de há mais de 70 anos. “De forma engarrafada existe há cerca de 20 anos”, dedicando-se anteriormente à venda a granel. Têm três referências: um branco e dois tintos. O festival das Adiafas “é interessante pela proximidade ao público”, refere, notando que a sua participação, além da divulgação, pretende também ser um contributo para a festa do concelho. Vendem, essencialmente, para o canal horeca e têm também um espaço de enoturismo que permite a realização de eventos. “Dia 9 de novembro vamos ter o magusto, que é uma tradição que temos”, diz.
Fernando Isidoro, que é diretor da Coopval, também frisa essa participação na festa do concelho. “A receita comercial não é aqui o mais relevante”, nota. A cooperativa tem 55 anos e 220 produtores, a maioria no Cadaval, mas também no Bombarral. Exportam cerca de 80% da produção para 12 países. “Temos também uma loja”, salienta. “O maior investimento neste momento será na produção, para manter os pomares e plantar novos”, refere, destacando a aquisição de painéis solares que custou cerca de meio milhão de euros e permite poupar entre 20 e 30% na fatura energética, que é especialmente alta no início do verão. Participaram também na edição de um livro, com uma escola do Cadaval, que tem como protagonista a Pêra Rocha.

Presidente da CCDR Centro, Isabel Damasceno, e presidente da Câmara do Cadaval, José Bernardo Nunes, inauguraram o festival

Artur Pedro, que é administrador da Frutos, frisa a importância das Adiafas para darem a conhecer o seu produto a nível nacional. “A nível internacional já somos bastante reconhecidos”, frisou. “Já exportamos para mais de dez países”, conta, esclarecendo que para o estrangeiro vão mais de 70% da produção, que se centra no Cadaval, mas também existe em A-dos-Francos.
O presidente da Câmara, José Bernardo Nunes, salientou a existência de mais espaço para as atividades este ano. Num caminho de crescimento diz que “o próximo passo será anexar o pavilhão ao lado, que já não será para mim, dado que estou no último mandato, mas será ampliar este pavilhão e juntar ao do lado”. Nota que o evento “tem vindo a crescer muito e temos cada vez mais expositores”, explica. O autarca, que espera receber entre cinco e seis mil pessoas por dia, frisa a importância da agricultura no Cadaval.
Na inauguração, Isabel Damasceno, presidente da CCDR, destacou a importância do evento na divulgação dos seus produtos de excelência, que distinguem e caracterizam os territórios.
O festival, que tem entrada livre, foi inaugurado no sábado e vai decorrer até este domingo. O encerramento é um dos momentos altos, com a eleição da Rainha das Adiafas, este ano com a apresentação de Isabel Angelino e José Figueiras. ■

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