Activista contra minas terrestres anti-pessoais passou pelas Caldas

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Notícias das CaldasJoel Buton partiu dos Campos Elísios (França) em 1999 e desde então tem percorrido toda a Europa a pé, empurrando um enorme carro de mão, a recolher assinaturas para a luta contra o fabrico e uso de minas terrestres anti-pessoais.
O activista francês chegou às Caldas na terça-feira de manhã e estacionou a sua viatura na Praça da Fruta. Nesse mesmo dia, à tarde, arrancou para o Nadadouro, onde se iria reunir com o presidente da Junta de Freguesia, César Pereira e depois seguiu para a Foz do Arelho, continuando sempre pelo litoral até Santiago de Compostela.

Joel Buton contou à Gazeta das Caldas que continua a missão da princesa Diana de alcançar a abolição total das minas anti-pessoais em todo o mundo. Na estrada há 14 anos, o pacifista já percorreu 27 países da Europa onde reúne assinaturas, cartas de apoio e conselhos de milhares de pessoas que tornam pública a sua admiração pela causa que abraça num livro que transporta consigo.
“Peço a todas as Câmaras, Juntas de Freguesia, polícia e administração central para abolir a fabricação das minas anti-pessoais em todo o mundo”, contou, acrescentando que a sua missão deverá terminar no final do ano em Paris. Depois, pretende levar as assinaturas ao Presidente Obama, que ganhou o Prémio Nobel da Paz, e ao secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon.
Durante todo este tempo tem sido ajudado pelas pessoas na estrada, que lhe dão comida e apoio diverso. Nas Caldas, o viajante destacou o “bom coração” do povo português e que está muito sensível ao problema das minas em Angola, Moçambique e Guiné Bissau.
Natural de Nantes, Joel Buton é solteiro e, durante a década de 90 vivia como artista de rua, em Paris. “Era faquir”, especifica, mostrando uma imagem sua numa cama de pregos.
A morte prematura da Princesa de Gales, em 1997, num acidente de viação em Paris, levou o activista a continuar a campanha em que esta se envolvera contra as minas terrestres anti-pessoais.
Depois de terminado este périplo de mais de uma década e milhares de quilómetros pela Europa, o artista quer voltar ao trabalho, “mais tranquilo”, e continuar a sua missão em homenagem à Princesa do Povo. F.F.

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