AbraçAr-te quer dedicar atenção à vida comunitária

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Nova associação abriu em festa no passado sábado e quer trabalhar em parceria com a comunidade

É uma casa de família que agora abre as portas à comunidade e traz atividades variadas desde a meditação, passando também pelas artes e ecologia

Fica situada na Rua Principal da Mata de Porto Mouro (Santa Catarina) a nova associação AbraçAr-te, que nasce na propriedade da família de António Rocha e que se pretende dedicar a várias vertentes como as artes, a ecologia e o trabalho comunitário. A propriedade é habitada por animais e não faltam hortas que aguardam por quem queira viver momentos de contato com a natureza.
A casa de família de António Rocha, aberta à comunidade desde o passado sábado, há muito que acolhia encontros de amigos mas agora, segundo o proprietário, chegou a hora de abrir a toda a região, incluindo até ter um serviço educativo a propor e a desenvolver em parceria com as escolas da região.
“Foi o próprio espaço que acabou por motivar o projeto”, disse o responsável da associação, que ambiciona, com as diferentes propostas “promover relações interpessoais a partir das artes”.
Na AbraçAr-te haverá atividades na área da música, do teatro e das artes plásticas. A associação promoverá a vertente espiritual com atividades de meditação e de Yoga.
A ecologia será um tema central e estão a ser planeadas caminhadas, palestras, ações de sensibilização e de limpeza de espaços que necessitam de intervenção.
“Incluímos a vertente social, pois dedicamo-nos ao trabalho comunitário e de cariz solidário”, disse o proprietário do espaço que, aos 50 anos, decidiu mudar de vida, deixar a capital e voltar às raízes, na Mata de Porto Mouro, após duas décadas a lecionar Educação Moral em Santa Catarina, Benedita e Lisboa.
“A propriedade é da minha família e os espaços onde havia atividade agrícola estão transformados para dar lugar aos eventos do AbraçAr-te”, informou o coordenador. Assim, a câmara frigorífica deu lugar a uma sala para música e poesia. A adega é agora um espaço também para o chá e o armazém passou a ser uma grande sala de exposições que também acolhe pequenas peças de teatro.
No exterior há um relvado em anfiteatro para concertos ao ar livre e que já recebeu várias apresentações de teatro-circo. Fica próximo da horta  e de um telheiro que antes tinha coelhos e que agora dá lugar a um local de refeições. E as antigas capoeiras foram transformadas e acolhem espaços para workshops de artes e de expressão plástica.
“Temos uma outra área exterior onde há porquinhos da Índia, patos e gansos”, contou o catarinense, que garante que a associação não está ligada a entidades e que apostará forte “na valorização de cada um na sua diversidade”. Fazem parte dos órgãos sociais Carmelita Costa, Nuno Pancada, Sílvia Barros, Catarina Alves, Estela Costa, Pedro Martins, José Paulo Alves e Ana Rocha. ■

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