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Cerca de uma década depois, a A8 está finalmente ligada à A1. Na noite do passado dia 16 de Novembro entrou em funcionamento o lanço do IC36 com 6,6 quilómetros que liga as duas auto-estradas, cuja utilização – cobrada electronicamente – vai custar entre 0,50 e 1,30 euros, consoante a classe do veículo.
O troço agora inaugurado integra a Subconcessão Litoral Oeste, anunciada pelo governo de José Sócrates em 2008. Cerca de um ano depois, a empreitada era adjudicada ao consórcio AELO – Autoestradas do Litoral Oeste do qual fazem parte a Brisa e a Auto-Estradas do Oeste (Somague, Lena, MSF e Novopca) e o prazo de conclusão anunciado para 2011.
Em comunicado, a Estradas de Portugal explica que o lanço do IC36 “desenvolve-se a sul da cidade de Leiria, entre o Nó do IC2/IC36 e o Nó de Pousos, passando pelo Nó de Cortes e apresenta-se como uma importante ligação da A8 à A1, oferecendo aos utentes uma excelente alternativa nas ligações ao norte e sul do país”. Um troço que motivou vários protestos, por ser sujeito a pagamento de portagens e, sobretudo por dividir a freguesia de Pousos.
Dois dias depois era aberto ao tráfego automóvel o lanço do IC2 – variante da Batalha (A19), com extensão de 14 quilómetros e três nós de ligação. A partir de agora, quem quiser atravessar os concelhos de Leiria, Batalha e Porto de Mós pode fazê-lo usando o movimentado IC2 ou optando pela nova estrada, que “oferece aos utentes melhores condições de circulação e eficiência nas acessibilidades”, garante a empresa responsável.
A circulação na A19 nos nós de São Jorge – Batalha e Batalha – Azóia custa entre 1,15 e 2,95 (preços para classe 1 e classe 4). Entre Azóia e Leiria a A19 sobrepõe-se ao IC2, mas esta é uma zona cuja circulação não está sujeita a pagamento de portagem.
As portagens do IC36 e da A19 vão ser cobradas “com recurso ao sistema exclusivamente electrónico, sem possibilidade de pagamento no local”, explica a estradas de Portugal. Quer isto dizer que quem quiser circular neste troço deve precaver-se e adquirir um dispositivo electrónico (disponível nas lojas da Via Verde ou nos balcões dos CTT), ou então pagar a respectiva portagem posteriormente, dirigindo-se aos correios ou a qualquer balcão da rede Payshop.
De acordo com a Estradas de Portugal, o pós-pagamento deve ser feito “no prazo de cinco dias úteis, contados a partir do segundo dia após a passagem, bastando para isso indicar o número da matrícula”.
Já para os veículos de matrícula estrangeira o método de pagamento é diferente, não estando disponível o regime de pós-pagamento. Nestes casos pode optar-se pela aquisição de títulos pré-pagos, pela compra ou aluguer de um dispositivo electrónico que deverá ser pré-carregado, ou pelo débito directo em conta bancária. Todas as dúvidas sobre o pagamento das portagens podem ser esclarecidas em www.estradas.pt/portagensfaq ou através do telefone 707500501.
Além do IC36 a Concessão Litoral Oeste integra mais de 80 quilómetros de novas estradas que ligam o interior ao litoral do país, entre as quais a variante da Nazaré, que há um ano desvia o tráfego do interior da vila piscatória. Da concessão faz ainda parte o IC), que liga Nazaré a Tomar, e que tem condicionado o tráfego automóvel na A8, junto ao nó de Valado dos Frades, e nos acessos a diversas localidades das imediações.
Um investimento global orçado em 260 milhões de euros que de acordo com Paulo Campos, que em 2008 assumia o cargo de secretário de Estado Adjunto das Obras Públicas e das Comunicações, vai permitir reduzir a sinistralidade em 46% e melhorar a qualidade de vida de cerca de 400 mil pessoas, “acabando com as distâncias, com toda a segurança para quem conduz“.
