A youtuber caldense Catarina Filipe tem mais de 20 mil fãs no seu canal sobre moda e beleza

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catarinafilipe copyO dia 14 de Dezembro de 2014 é uma data especial para Catarina Filipe, caldense de 20 anos. Neste dia, fez o clique que colocou o seu primeiro vídeo no Youtube e deu início ao Flores no Meu Cabelo, um projecto que abre as portas ao universo feminino, mas também ao mundo de Catarina Filipe.
A primeira grande conquista foram os cem subscritores, um número que Catarina festejou mais do que a entrada nos três dígitos. Hoje, a youtuber conta com 20.700 seguidores no canal e espera terminar o ano nos 50 mil.

Aos 15 anos já conhecia o nome das principais youtubers americanas e foi com elas que aprendeu tudo o que sabe sobre maquilhagem. “Não tenho nenhuma formação profissional, fui vendo os vídeos, comprando os produtos e experimentando”, conta Catarina Filipe que, inconsciente ou conscientemente, começava assim a preparar-se para entrar na aventura dos seus próprios vídeos. Mesmo o seu quarto, por exemplo, foi decorado de modo a tornar-se o cenário ideal por detrás da câmara.
Embora tenha iniciado o Flores no Meu Cabelo através da escrita, com a criação de um blogue, Catarina apercebeu-se rapidamente que preferia o formato do vídeo, não só porque as técnicas de maquilhagem se captam melhor visualmente, mas também porque o gosto pela edição de vídeos a acompanha desde muito cedo. “Sempre que era preciso fazer um vídeo de aniversário para alguns dos meus amigos, era eu quem me oferecia”, revela.
Em média, os vídeos têm a duração de oito minutos, um resultado final que rouba horas de sono a Catarina Filipe, obrigando-a a pôr de lado, por “muitas vezes”, os planos com os amigos. É que, entre a gravação, edição e publicação do vídeo, decorrem à volta de 12 horas. Um trabalho que, além do mais, a youtuber conjuga com a licenciatura em Gestão.
O nome, “Flores no Meu Cabelo”, é inspirado na citação, originalmente em inglês, “prefiro flores no meu cabelo que diamantes ao pescoço”. Isto porque Catarina se considera “muito descontraída e apaixonada pela cultura hippie, caracterizada pelo pé descalço e uma coroa de flores no cabelo”.

Dois vídeos por semana

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Após três meses a publicar vídeos de maquilhagem, Catarina decidiu que chegara a altura de diversificar o canal. “Há youtubers que são peritas em maquilhagem, eu não, até porque nem gosto de pinturas exageradas”, explica. Por isso, não deixando os batons de lado, começou a partilhar “DIY’s” (“Do it yourself” – “Faz tu mesmo”) – vídeos com trabalhos manuais – vlogues (rotinas diárias), vídeos temáticos, alguns com direito a convidadas (outras youtubers), sorteios de produtos e ainda sessões de perguntas e respostas, em que a youtuber responde às curiosidades dos subscritores. “Gosto muito de partilhar o meu mundo, embora tenha o cuidado de não expor a vida pessoal. Mostro bastante as Caldas, São Martinho e a Foz, pois são lugares que representam a minha casa”, conta.
Para facilitar a divulgação do canal e criar uma imagem de marca, Catarina Filipe adoptou um layout comum a todos os vídeos. Além disso, utiliza as redes sociais para anunciar a publicação dos vídeos, que são descarregados duas vezes por semana, mais ou menos à mesma hora. “Todos estes detalhes fazem parte do marketing digital e contribuem para o crescimento e visibilidade do canal”, acrescenta.
Produtos pagos para serem mostrados

Tal como a televisão, também a internet e, em particular o Youtube, é um dos meios de comunicação favoritos das marcas, que recorrem aos canais para fazer publicidade. “Sabem que muitas pessoas nos vêem e têm a nossa confiança, por isso consideram-nos um bom veículo de promoção”, revela Catarina Filipe, admitindo já ter recusado divulgar certos produtos por não gostar da sua qualidade. “Tanto mostro um lápis de lábios de 1,30 euros, como um bronzer [pó bronzeador] de 40 euros”, comenta.
No entanto, a caldense concorda que as marcas paguem às youtubers. Afinal “somos um meio de publicidade como outro qualquer e os vídeos exigem horas de trabalho”, até porque, segundo conta, pouco se lucra com as visualizações. Actualmente, por cada mil visualizações num vídeo, Catarina gera 1,38 euros, sendo que metade deste valor é absorvido pelo Youtube. “Na verdade, o dinheiro só começa realmente a surgir com os vídeos patrocinados”, adianta Catarina Filipe, que sonha fazer do projecto Flores no Meu Cabelo o seu futuro trabalho.

 

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