A Transwhite e a Favorita Uma história que tem de ser contada

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Carlos Querido

Quando o Pedro Bernardo me desafiou para a aventura da reconstituição do Grande Circuito Hípico que celebrizou o Cavaleiro Caldense José Tanganho, sugeri-lhe de imediato a integração deste evento nas Comemorações do Centenário da Gazeta das Caldas.

A primeira grande preocupação foram os recursos financeiros de que o jornal não dispõe.
Havia que encontrar forma de manter nas Estradas de Portugal, ao longo de quase dois mil quilómetros, uma embaixada da Cidade que levava ao Mundo uma história épica para contar e bens típicos da região para oferecer e divulgar.

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Depois de muitas portas se fecharem, eis que uma se abre, de par em par, sem reserva, sem nada pedir em troca.

Obtido o contacto de José Mota, através do António Marques, o gerente da Transwhite indicou-nos com um gesto largo o parque onde se alinhavam vários camiões, e perguntou-nos: serve esta Carrinha; preferem aquela; ou um camião?

A surpresa ainda não se esvanecera e já ele oferecia: cartão de combustível; pagamento de portagens; decoração e colocação do vinil de revestimento da Carrinha.

Em troca, nada pediu, prescindindo mesmo da ostentação do ‘logo’ da empresa no veículo.

Sendo o Mundo um lugar inóspito, surpreende mais o conforto da generosidade do que a frieza da indiferença e do egoísmo.

Esta história tem de ser contada, porque há momentos em que o silêncio é injusto.

Batizada de Favorita – em homenagem ao cavalo vencedor – a Carrinha lá foi, com o Pedro Bernardo e o João Belga a distribuírem livros, azulejos, frutas, cavacas, simpatia e beijinhos das Caldas, a contarem pela milésima vez a história de uma cavalgada secular, com o João a construir uma narrativa com fotografias e desenhos divulgados nas redes e nos jornais.

Mais tarde, perante as despesas de hotel e alojamento, bem como da exposição inspirada na mesma epopeia (patente no CCC a partir do dia 15), demandámos novos financiamentos e outras portas se fecharam.

Foi o mesmo José Mota quem nos apoiou, com o contributo da Transwhite e da “Perímetro Seguro”.

Trata-se de um generoso exemplo de responsabilidade social de uma empresa, traduzida no envolvimento com a comunidade em apoio a uma causa cultural.

Perante a grandeza dos gestos, de pouco servem as palavras.

Mas aqui ficam estas, insuficientes para transmitir o agradecimento devido.

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