A tecnologia deve facilitar o trabalho do professor

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Marco Bento falou com os professores sobre os pontos críticos da tecnologia na educação

Jornadas pedagógicas do agrupamento Raul Proença decorreram no início desta semana.

A tecnologia deve ser usada “como recurso para que aconteça aprendizagem”, defendeu Marco Bento, professor na Escola Superior de Educação de Coimbra, que na manhã de segunda-feira abordou os 11 fatores críticos no uso do digital na educação nas Jornadas Pedagógicas do Agrupamento de Escolas Raul Proença.
Para o orador a palavra-chave é equilíbrio. “O professor é que deve equilibrar e saber controlar o que se passa na sala de aula”, referiu, acrescentando que os docentes precisam também de apoio, por parte da direção, colegas e das famílias dos alunos, para poder fazer a diferença.
“A tecnologia, se não for para dar apoio, não a vou usar, ela tem de facilitar-me o trabalho”, considera Marco Bento, que defende o seu uso na resolução das questões burocráticas, deixando mais tempo aos docentes para aquela que é a sua principal função, a pedagogia.
O professor universitário utiliza a tecnologia com regularidade e entende que não se deve ensinar a um aluno aquilo que ele pode aprender por si. Ou seja, “se conseguir fazer tudo aquilo que eu, previamente, lhe consegui disponibilizar, posso dedicar mais tempo para os outros que precisam realmente de mim”, explica, fazendo notar que o professor precisa de estar especialmente atento aos alunos que precisam dele e não “pautar pela média”.
As jornadas da Raul Proença, participadas por 260 professores do agrupameento, contaram com a presença de oradores de escolas vizinhas, mas também de docentes da “casa” que partilharam os seus projetos. Foi também o primeiro encontro entre todos os docentes neste ano letivo.
O objetivo foi, de acordo com João Silva, diretor do agrupamento, poder “refletir sobre o que nós, e os nossos vizinhos, fazemos e, a partir daí, encontrar outras ferramentas e soluções para irmos mais ao encontro das necessidades dos nossos alunos, aquilo a que se chama a individualização do ensino”. Um dos grandes desafios que se coloca à escola é continuar a ser cativante para os estudantes, acrescentou.

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