A semana do Zé Povinho

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A limpeza e o asseio das ruas da cidade são um dever dos cidadãos, mas constituem também uma missão básica da Câmara Municipal e uma prioridade para um município que se pretende termal e vocacionado para o comércio e o turismo.
Mas, infelizmente, a autarquia não entende isso e tem falhado nessa função, pelo que é de louvar a iniciativa da Associação Comercial dos Concelhos das Caldas da Rainha e Óbidos (ACCCRO) em realizar uma campanha de limpeza dos graffitis da cidade.
Apesar de simbólico, a verdade é que este procedimento teve efeitos práticos, com a limpeza – através de voluntários e de uma empresa paga para o efeito – da estátua da rainha e de algumas fachadas de estabelecimentos comerciais.
Mais ainda: a ACCCRO chegou-se à frente, comprou material apropriado, e disse aos seus associados que podem requerê-lo para que os próprios comerciantes possam limpar do exterior das suas lojas os malfadados graffitis que têm poluído visualmente a cidade.
Por esta iniciativa, a associação comercial, na pessoa do seu presidente, Dr. João Frade, está de parabéns e merece os cumprimentos de Zé Povinho.

Terminou no passado domingo o ciclo eleitoral francês iniciado em finais de Abril, com a primeira volta das Presidenciais, e que agora culminou com a segunda volta das legislativas.
O resultado final das quatro voltas – presidenciais e legislativas – levou ao domínio pelos socialistas da quase totalidade das instâncias do poder político daquele pais: nacional, regional, departamental e da maioria das maiores cidades, bem como do Senado.
O principal responsável por esta sucessão de derrotas, segundo muitos observadores, terá sido o estilo e a prática, e principalmente as políticas, do anterior e derrotado Presidente da República francesa, Nicolas Sarkozy.
Com um estilo controverso, de ziguezague, tão depressa abrindo as fileiras do governo à esquerda como à direita (para anular os concorrentes), alinhando nos últimos meses pelo discurso da extrema-direita de Le Pen, é óbvio que o seu êxito só poderia ser reduzido.
É evidente que os eleitores franceses se fartaram deste personagem e eliminaram-no em Maio na corrida para o Palácio do Eliseu. E agora varreram grande número dos seus apoiantes, principalmente os que fizeram convites à extrema-direita.
Os restantes europeus, não franceses, também já estavam fartos do alinhamento servil de Sarkozy à Sra. Merkhel e das suas piruetas para agradar ao poder cego do poder alemão, que paulatinamente quer destruir a União Europeia, pelo que agradecem o pontapé que lhe deu François Hollande.
Zé Povinho, por tudo o que foi dito, também mostra que não admira a figura do ex-Presidente francês, congratulando-se com a sua inevitável saída de cena, por enquanto ainda nos braços da modelo Carla Bruni (que lhe serviu de pouco para conquistar os corações dos franceses).

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