Na Escola Secundária Rafael Bordalo Pinheiro, onde estudou, o jovem Nelson Oliveira já era considerado um génio por alguns dos seus colegas. Depois cursou engenharia no Instituto Superior Técnico, em Lisboa, tendo-se destacado pela sua aplicação ao estudo e as boas notas obtidas. Amigo dos caminhos-de-ferro, resolveu fazer na Universidade Católica uma prós-graduação em Engenharia Ferroviária que concluiu com uma média elevada.
O Dr. Fernando Costa não podia, pois, ter feito melhor escolha ao encomendar ao Eng. Nelson Oliveira o estudo de sustentabilidade da linha do Oeste, que agora mereceu rasgados elogios pela sua seriedade técnica, por parte dos políticos da região.
O relatório elaborado por este caldense é agora o pilar sobre o qual assentam as esperanças de não encerramento do serviço de passageiros da linha do Oeste a norte das Caldas.
Zé Povinho junta-se ao coro de elogios e felicita também este discreto engenheiro, que de repente – e contra sua vontade – se viu catapultado para o epicentro de uma questão técnico-política, que tem sido mediatizada, e à qual agora não pode fugir. Dir-se-á que, se a linha do Oeste se aguentar, deverá muito, na frente política, ao presidente da Câmara das Caldas, e, na frente técnica, ao Eng. Nelson Oliveira.
“Expectativas positivas”. “Grande abertura para dialogar”. Eis algumas das expressões relativas à postura do
secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro, acerca da linha do Oeste.
Autarcas, deputados, dirigentes políticos e empresariais, têm feito os possíveis para evitar o fim do serviço de passageiros desta linha e há quem esboce algum optimismo.
Mas para já, o Dr. Sérgio Monteiro é o rosto da decisão de encerramento da linha, plasmada no PET (Plano Estratégico de Transportes). Os seus assessores de imprensa dizem aos jornalistas que o governo não recua e se mantém a decisão de supressão dos serviços.
A verdade é que a linha do Oeste sobreviveu à passagem do ano (o PET preconizava o encerramento até 31 de Dezembro), embora o governo diga que é só pelo tempo necessário de organizar o serviço rodoviário alternativo.
A presença ou não do secretário de Estado dos Transportes no debate de amanhã, em S. Martinho do Porto, poderá demonstrar a referida abertura para o diálogo, ou indiciar uma recusa em ouvir os argumentos que os eleitos da região têm para lhe apresentar.
Zé Povinho gostaria de felicitar o Dr. Sérgio Monteiro pela sua flexibilidade de governação, mas, para já, não deixa de censurar quem teve tão pouco senso para gerir este dossier, arriscando-se agora a ser o coveiro da linha do Oeste.






























