José Fragoso, o actual director de programas da RTP e indigitado novo director de Informação e Programas da Televisão Pública, em substituição da anterior directora, Maria Flor Pedroso, é um homem dos jornais, da rádio e televisão. Que deu os seus primeiros passos nas Caldas da Rainha nesta área.
José Fragoso nasceu em Lisboa, mas veio para Caldas em tenra idade, acompanhando a família, porque o seu pai desempenhava funções na PSP na nossa cidade, onde continua a viver.
Foi aqui que se iniciou nas lides da comunicação social, tanto ajudando a criar o Rádio Litoral Oeste, como depois acompanhando a Rádio Margem e escrevendo, paralelamente, alguns textos para a Gazeta das Caldas. Com os tempos das emissoras piratas candidatou-se à TSF, onde depois pela mão de Emídio Rangel inicialmente, e depois pelo seu próprio pé, percorreu alguns dos mais importantes jornais nacionais, como o Expresso e o Público, assim como televisões, passando sucessivamente pela SIC, RTP e TVI, de onde fez uma paragem tendo andado pelos meios angolanos, da Televisão de Angola.
Mais recentemente regressou à RTP para dirigir a Programação, podendo alargar a sua missão à Informação, se a indigitação pelo Conselho da Administração for aceite, sabendo-se à partida que é uma decisão pacífica.
Zé Povinho congratula-se com a ascensão de José Fragoso ao cargo de maior responsabilidade da televisão pública, confiando nas suas capacidades, já bem demonstradas em tantas oportunidades, pelo que está confiante que o seu desempenho venha a ser bem aceite, apesar das dificuldades sempre existentes nestas áreas.
Zé Povinho condena as atitudes do fundador da Congregação Católica dos Legionários de Cristo, Marcial Maciel, que terá abusado sexualmente de, pelo menos, 60 crianças, entre as quais os próprios filhos, que teve clandestinamente.
Não é que seja o único padre abusador, é certo, mas é o rosto mais conhecido de uma realidade que o Jornal Boston Globe ajudou a dar a conhecer em 2002 e que tem de preocupar o mundo. Não se pode ignorar o facto de os abusos terem acontecido, e continuarem a acontecer, e não se pode ignorar que certa hierarquia da Igreja Católica tenha tentado esconder sempre o sucedido, afastando os padres das suas paróquias para outras, mas deixando-os manter o contacto com crianças indefesas.
Naquela congregação, desde 1941, foram abusadas 175 crianças, a maioria entre os 11 e os 16 anos, por 33 padres. Mas o Vaticano só o reconheceu em 2006, ainda o Papa era Bento XVI. Na altura, o sumo-pontífice ordenou que Maciel (que faleceu em 2008) se retirasse e começou um processo de reforma da instituição.
Zé Povinho sente repulsa por quem comete estes crimes hediondos e não deixa de ficar estupefacto com o manto de silêncio que ainda certos sectores da igreja pretendem manter sobre estes actos. Por isso, não deixa de ser necessário e merecido salientar o papel do Papa Francisco, que tem conseguido combater este flagelo, perante ameaças veladas de certos membros conservadores da Igreja. É, portanto, muito positiva e revolucionária a mais recente medida papal que define o fim do segredo pontifício nos casos de violação e abuso de menores e adultos vulneráveis cometidos por membros do clero, que passam a responder perante as autoridades judiciais públicas.































