Durante muitos anos as iniciativas que mobilizavam mais pessoas nas Caldas da Rainha passavam sempre pela autarquia.
Com a falta de ímpeto e de motivação das autoridades locais, nos anos mais recentes os eventos culturais e recreativos na cidade foram perdendo fulgor, ao ponto de se limitarem às “propaladas” enchentes na época da Feira das Tasquinhas, que contudo não tinham grande impacto na cidade nem no concelho.
Outras iniciativas mais de índole cultural ou mesmo recreativa e desportiva, ficavam sempre longe da adesão que em tempos passados Caldas da Rainha merecia do público nacional.
Ao contrário, nalguns concelhos limítrofes, ensaiavam-se iniciativas que tinham esse papel e dimensão, para grande pena (ou inveja) dos caldenses.
Nos últimos tempos têm surgido realizações, algumas ainda de modesta dimensão, que mostram esse potencial. Se a Festa do Cavalo Lusitano já demonstra uma grande pujança e a sua organização é feita por iniciativa associativa, o desfile e mercado medieval do passado sábado, no âmbito das “Memórias das Caldas”, da Escola Rafael Bordalo Pinheiro, mostra como é possível inverter a tendência.
A iniciativa que mobilizou professores, alunos, funcionários, famílias e outras organizações e empresas da região, foi estimulante e de um ápice trouxe para a rua alguns milhares de pessoas, para assistirem a uma mostra de vitalidade da cidade e do concelho.
Com pequena projecção, como acontece com o Caldas Late Night, junta no meio urbano bastante gente, que poderia ser muito superior, se houvesse uma capacidade de comunicação e de divulgação, como já se faz noutros locais.
Estão de parabéns os autores da iniciativa e todos que a apoiaram, mostrando que uma escola é mais do que o local onde se aprende um conjunto de conhecimentos técnicos e científicos.
Zé Povinho espera que esta realização seja um incentivo para muitas outras.
Zé Povinho, quando falam da corrupção em Portugal, tem sempre a ideia de que se vive num mundo de Pequena e Média Corrupção, que mesmo assim é grave (dada a dimensão do país) e desvirtua o funcionamento normal da economia e da política nacional. Isto para não falar nos fenómenos que se estendem a outros sectores da vida portuguesa, como se vê no futebol.
Este desporto é o principal fenómeno de massas na maioria dos países do mundo, ficando neste caso para trás, os Estados Unidos da América, apesar de uma recente aproximação deste à prática mais consistente desta modalidade. A adesão daquele país passou inclusivamente pela candidatura à organização da prova mundial em 2022, que perdeu em favor de uma “esquisita” candidatura vencedora do Qatar, um estado com apenas 1,6 milhões de habitantes e que, por razões climáticas, vai obrigar a jogar-se a prova em estádios com ar condicionado, uma vez que as temperaturas nunca baixam dos 30º, sendo mais de 40º a temperatura ambiente.
Por esta razão, ou pelo facto de ter passado pelos Estados Unidos alguns fumos (e não só) dessa corrupção, no mês passado foi desencadeada no Suíça, por ordem das autoridades judiciais norte-americanas, uma operação policial que levou à detenção de vários altos dirigentes da Federação Mundial do Futebol, situação a que o presidente da organização mundial do Futebol, Joseph Blatter, tentou fugir num primeiro momento.
Face a uma segunda vaga de acusações, e depois de ter sido reconduzido no lugar de presidente da FIFA, viu-se obrigado a demitir-se, apesar de ter adiado a sua saída por vários meses, numa situação inacreditável e de duvidosa justificação.
Zé Povinho, que detesta tanto os Pequenos e Médios Corruptos, como os Grandes e Muito Grandes Corruptos, não pode deixar de indignar-se por este horripilante exemplo que vem da cúpula do futebol mundial.
O Sr. Blatter é detestável, mas encontram-se pequenos Blatters por esse mundo fora, incluindo em Portugal.






























