Para o caldense menos atento a aceitação da cidade das Caldas da Rainha na Rota Europeia das Cidades Históricas Termais, pode parecer um facto de somenos importância.
Contudo, tal pode significar um passo fundamental e determinante na projecção do termalismo caldense na grande roda do sector a nível mundial, ombreando com as principais cidades termais europeias, de que se destacam as alemãs Baden Baden, Wiesbaden, as francesas Vichy e Evian, a inglesa Bath, as italianas Aqui Termi e Montecatini, a húngara Budapeste, a espanhola Orense e a checa Karolvy Vary.
São presentemente 26 as cidades termais que compõem esta rede, criada sob a égide do Instituto Europeu dos Itinerários Culturais, dependente do Conselho da Europa, e que vão discutir esta semana em Bath um tema bem curioso e que devia servir de inspiração às Caldas da Rainha: o papel do termalismo e das cidades termais na criação das cidades ideais do futuro.
Tal como a rota das cidades termais, este instituto e a UNESCO congregam outras rotas culturais temáticas, como a do barroco, das vias romanas, dos vikings, do volfrâmio, da seda, do azeite, do têxtil, entre outras.
Está de parabéns o vereador Hugo de Oliveira que liderou este desafio de trazer até aos caldenses e às suas termas os ventos arejados da Europa, para ver se dá bom norte ao destino traçado pela Rainha D. Leonor.
Zé Povinho, que representa todos os Zé povinhos que abundam por Portugal, também não se acha o cidadão perfeito cumpridor de todas as obrigações e totalmente leal com o Estado todo poderoso, que lhe surripia frequentemente as parcas poupanças.
Contudo, por essa razão, e pelo facto de não ser o exemplo cândido que se impunha, também nunca almejou assumir um cargo de destaque e responsabilidade na política nacional. É que, na sua ingenuidade militante, certamente não era capaz de prometer frente aos outros Zé povinhos aquilo que sabia à partida que não ia cumprir.
Por isso, não compreende como o primeiro ministro Passos Coelho não antecipou antes de se candidatar ao mais alto cargo executivo do país, que a prazo lhe iriam perguntar como recebeu os seus rendimentos quando andava a dirigir as ONG´s e como resolveu as suas responsabilidade perante o fisco e outras contribuições para a sociedade.
Para o Dr. Passos Coelho os portugueses são uns piegas e não querem sair do seu espaço de conforto, mas Zé Povinho também acha que o primeiro ministro é um relapso e um esquecido no cumprimento dos seus deveres antes de assumir aquele cargo. E agora também se queixa como um piegas dos jornais e da oposição.
A não ser que, ao contrário do que se passa no mundo civilizado, os políticos portugueses só têm de cumprir depois de assumir os cargos cimeiros. Assim não se queixem que lhes digam “Bem prega Frei Tomás, faz o que ele diz, não faças o que ele faz”. Ou fez.






























