A semana do Zé Povinho

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jose_simoesOs pequenos eventos são tão importantes para uma pequena comunidade, como os grandes eventos para um grande comunidade, desde que representem a valorização dos recursos endógenos, ou seja, da sua riqueza e produção de bens e serviços.
O exemplo demonstrado pela freguesia da Amoreira é bem significativo e mostra a muitas outras comunidades que, mesmo com poucos meios, é possível atrair gente e recursos que representam emprego e actividade económica, de que as pessoas estão carentes.
O negócio da ginja, como Zé Povinho se referiu já por várias vezes, é um bom exemplo de como uma curiosidade turística se transforma numa actividade industrial e comercial que já chega longe, afirmando uma marca que é notória a nível nacional.
Com uma certa facilidade e rapidez, a Ginja de Óbidos conseguiu colocar-se no mesmo patamar de outras bebidas com representatividade a nível nacional.
A ginja associada ao chocolate e à região mostra que uma certa genuidade e simplicidade, na promoção de uma imagem cultural regional, pode ser uma aposta ganha.
A freguesia da Amoreira, que até nem é onde se cultiva o precioso fruto, mostrou uma capacidade de inovação e de intervenção, cujos resultados ficaram à vista nesta segunda edição da Festa da Ginja.
Zé Povinho, cuja história e vida passa perto da apetitosa ginja portuguesa, dá os seus parabéns ao presidente da Junta da Amoreira, José Simões, mostrando assim o seu reconhecimento por uma população que não quis ficar quieta e soube lutar por novos desígnios. Foram mesmo muito activos ao ponto de cobrirem a praça e espaços envolventes com mais de 70 mil flores em papel, dando um colorido muito agradável.

FotoLuizRibeiroNão é a primeira vez que o Dr. Luís Ribeiro “se passa” e ultrapassa as suas funções de moderador enquanto presidente da Assembleia Municipal das Caldas da Rainha.
A segunda figura mais importante na hierarquia do município (o presidente da Assembleia Municipal, em termos de protocolo, vem logo a seguir ao presidente da Câmara) deveria controlar-se um pouco mais quando ouve coisas de que discorda no órgão a que preside.
Mas não foi isso que aconteceu quando, após um discurso contundente de um deputado da oposição, o Dr. Luís Ribeiro salta para o palanque e, irritado, vem defender a Câmara e o seu partido.
É certo que a intervenção do deputado centrista João Dinis era polémica. Dizia este que “nós temos o azar de ter esta Câmara” depois de se ter interrogado sobre a capacidade do município em gerir um projecto termal quando, aparentemente, não consegue gerir anualmente um Orçamento Participativo.
E também é certo que este deputado já uma vez teve uma intervenção infeliz quando defendeu a recolocação da estátua de Carmona no Largo 25 de Abril.
Mas para responder às criticas, para discordar, para replicar, para discutir e debater, estão na Assembleia Municipal os senhores deputados da situação e da oposição, bem como os senhores vereadores e presidente da Câmara.
O Dr. Luís Ribeiro achou, pelos vistos, que eram poucos ou que tinham pouca capacidade de resposta. E vai daí fez a fraca figura de se pôr em bicos de pés e gritar contra o deputado João Dinis em defesa do PSD e do seu executivo. Descontando-se o exagero, quase parece o Presidente Cavaco a super-proteger o seu rebento predilecto Passos Coelho…
O presidente da Assembleia Municipal esteve longe de ser a figura imparcial e acima dos partidos que se lhe exige. Melhor esteve o presidente da Câmara, Tinta Ferreira, que em nome de valores mais altos que agora se levantam (a coligação nacional PSD/CDS-PP), soube conter a raiva e não respondeu à letra.

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