No passado dia 1 de Janeiro, Caldas da Rainha passou a ter mais um clube centenário: o Sporting Clube das Caldas.
Hoje é dos clubes com maior expressão no desporto caldense, dado que a sua equipa principal é uma das poucas do concelho a participar numa primeira divisão nacional. Contudo, a importância deste clube para o panorama do desporto caldense vai muito além da actualidade.
O Sporting Clube das Caldas começou a sua actividade no futebol, no qual conquistou o seu primeiro título distrital. Mas essa modalidade foi abandonada quando era ainda um jovem clube e foi nas chamadas modalidades amadoras que desenvolveu o seu trabalho mais importante. São diversas as modalidades nas quais conquistou títulos e, mais importante, contribuiu para a formação de centenas, senão milhares de jovens caldenses. O ténis de mesa, que viveu tempos áureos entre 1980 e 2000, o hóquei em patins, o basquetebol, o andebol e a ginástica são alguns exemplos. No seio do Sporting das Caldas realizou-se por mais de 25 anos a ligação entre Caldas e Badajoz no cicloturismo.
Zé Povinho dá os parabéns ao clube caldense, que é uma das filiais mais antigas do Sporting Clube de Portugal, mas com uma chamada de atenção para a comunidade caldense, que não pode deixar que um clube tão importante na sua história desportiva entre numa situação que coloque em risco a sua subsistência.
O governo socialista decidiu, em 2019, incluir no Orçamento Geral do Estado (OGE) a possibilidade de serem comparticipados tratamentos termais até um valor máximo de 600 mil euros pela Segurança Social. Dizem os mais desconfiados que tal se deveu a 2019 ser ano eleitoral. Zé Povinho julga que não terá sido, apesar de estranhar que no OGE para 2020 tenha sido esquecido repetir aquele financiamento ou até reforçá-lo, uma vez que já no ano transacto o valor foi ultrapassado pela procura dos utentes.
Em muitos outros países, nomeadamente na vizinha Espanha, este cofinanciamento é uma medida inteligente, pois aparentemente nem custa nada ao Estado, uma vez que beneficia das compensações paralelas ao aumento da procura deste serviço de cariz endógeno.
Ou seja, as termas originam o consumo alternativo à medicação tradicional que nem sequer paga IVA, permitindo que outros consumos paralelos, como os da restauração e hotelaria, possibilitem mais cobrança fiscal, nomeadamente de IVA. Também potencia a criação de emprego, viabilizando certas regiões menos desenvolvidas onde se situa a maioria das termas.
Agora que o governo tem um secretário de Estado da Saúde, originário do distrito de Leiria e que conhece a realidade termal caldense, não se compreende que não seja ele o primeiro a bater-se por esta vantagem para os aquistas portugueses. Não se percebe igualmente este “esquecimento” do atento e inteligente ministro Centeno, que compreenderá bem esta medida neutra para o Orçamento.






























