A festa teve momentos de humor à mistura

A festa de Natal da ETEO, que se realizou no Pavilhão da Mata no passado dia 12 de Dezembro, foi dedicada aos 500 anos do início da viagem de circum-navegação de Fernão de Magalhães e foi uma verdadeira aula sobre o tema.
A festa teve duração de quase três horas, durante as quais diversas turmas dos cursos da Escola Técnica e Empresarial do Oeste realizaram performances que animaram a noite a cerca de 300 pessoas.
O palco tinha como cenário uma nau e foi o próprio Fernão de Magalhães, interpretado pelo actor José Ramalho, que conduziu a aventura, na companhia de uma aluna da escola que interpretava o papel da esposa do seu grande amigo Francisco Serrão. Este comandava a companhia na qual Fernão de Magalhães chegou pela primeira vez às ilhas Molucas do Norte, onde se produzia cravinho.
Ao longo da noite contou-se toda a história de circum-navegação oceânica, que comprovou que a Terra é redonda. Foram contadas várias peripécias da viagem, como a passagem do Natal de 1519 no Brasil, o contacto com povos indígenas, a organização e gestão dos recursos a bordo, a fome e as doenças enfrentadas e também as conspirações e motins que ameaçaram o sucesso da viagem.
Foram ainda abordadas algumas das inovações ligadas à navegação, como os códigos luminosos coloridos que serviam para garantir a segurança dos navios durante a noite escura, os instrumentos e as descobertas, como o pinguim de Magalhães, o estreito que ficou com o seu nome, ou o Oceano Pacífico, ao qual deu o nome depois de dias de tormenta no estreito. Tudo até à sua morte precoce numa batalha nas Filipinas, que também foi retratada, depois de perceber que as Molucas ficavam do lado português do Tratado de Tordesilhas, o que impedia que as entregasse à coroa espanhola, ao serviço da qual fez a viagem de circum-navegação.
A noite contou também com alguns momentos musicais, interpretados por professores, e também de humor, num sketch da turma de animador sociocultural.
Filomena Rodrigues, directora da ETEO, realçou que a festa foi “um grande trabalho e organização de toda comunidade escolar”, em especial dos professores que “fazem de tudo para conseguir coordenar o tema com a satisfação dos alunos, porque é suposto que eles se divirtam nesta festa”.

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