A Câmara da Nazaré colocou em hasta pública oito dos 15 veados que habitam o cercado do Pinhal de Nossa Senhora da Nazaré, perto da Praia do Norte, no Sítio. Desde 2005, ano em que começou o projecto, esta é já a quarta vez que a autarquia realiza este tipo de procedimento.
Os interessados terão de adquirir um alvará emitido pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas. Cada animal tem um preço mínimo de 150 euros, mais 50 pela captura (inclui o custo do sedativo e dos meios humanos e técnicos necessários).
Os animais são da espécie Cervus elaphus, que pode viver até aos 20 anos e que se reproduz rapidamente.
Actualmente, o número de veados a viver no cercado é “demasiado elevado para o habitat onde estão inseridos”. E como, por lei, a autarquia só pode ter uma dezena de cervídeos no cercado, a alienação foi, pela quarta vez, a solução encontrada pela Câmara da Nazaré para resolver esse problema.
A primeira vez que a autarquia recorreu a este procedimento foi no início de 2011 e não encontrou compradores para o lote de 15 veados que se pretendiam alienar. Na segunda, no final de 2011, conseguiu vender os 11 a que se propôs, separados em três lotes (dois lotes para o proprietário de uma quinta em Ourém e outro para uma unidade hoteleira em Portel, no Alentejo). Um negócio que lhe proporcionou uma receita de 3050 euros.
No ano seguinte (2012), a Câmara conseguiu vender sete veados, mas, questionada pela Gazeta das Caldas, não revelou os valores obtidos. E agora colocou em hasta pública sete machos e uma fêmea.
O projecto de repovoamento deste pinhal com veados e gamos nasceu em 2005, fruto de uma parceria entre a Câmara e a Confraria de Nossa Senhora da Nazaré. O objectivo era evocar a lenda do milagre de D. Fuas Roupinho, segundo a qual o alcaide, perseguindo um veado, se viu numa falésia e em perigo de morte. O cavaleiro terá rogado a Nossa Senhora, conseguindo salvar-se, enquanto que o veado terá caído para o oceano. Mais tarde, o alcaide terá mandado ali construir uma capela em honra de Nossa Senhora.






























