Encontrámos Karen Hall e as suas amigas sentadas na esplanada do Pópulus, no Parque D. Carlos I. Vindas de Norwich, cidade na costa leste de Inglaterra, desfrutam do sol do Oeste. Em férias do seu trabalho da banca, Karen diz gostar de apreciar a cultura local por onde quer que passe.
GAZETA DAS CALDAS – Porque decidiram passar cá férias?
KAREN HALL – Adoramos esta parte de Portugal porque ainda se mantém bastante ‘portuguesa’, não está recheada de turistas. O meu marido também gosta de jogar golfe, e portanto somos felizes: ele tem o golfe e eu tenho o sol. E também porque podemos ver algumas partes de Portugal que também se mantém genuinamente portuguesas.
GC – Como ouviram falar da região?
KH – Eu e o meu marido tínhamos amigos que tinham casa na zona e que nos trouxeram de férias com eles algumas vezes. Gostámos tanto que decidimos também nós comprar casa, ali na Serra Del Rey. Já há cerca de dois anos e meio que costumamos vir para cá, e tentamos vir tanto quando podemos. Chegam a ser quatro vezes por ano.
GC – Que aspectos da região lhe parecem ser os mais positivos?
KH – O facto de ter belas paisagens, o tempo é óptimo, as pessoas são muito amigáveis, e vocês deixam-nos envergonhados por falarem um inglês tão bom. Portanto não fazem com que a nossa vinda cá seja um problema. Também adoramos este parque e os imensos aspectos que tem. Por exemplo, hoje trouxeram as crianças para fazer actividades, o que mostra que vocês usam bem o vosso sistema educativo a nível de ensino exterior. Também gosto bastante do mercado e das vossas lojas.
GC – Mas também há aspectos negativos, não?
KH – Bem, talvez a vossa condução na estrada. Já reparei que os portugueses gostam de conduzir muito em cima do carro da frente. E não usam o pisca quando mudam de direcção.
GC – Que diferença notam, por exemplo, nos preços portugueses comparados com os britânicos?
KH – Algumas coisas. No que toca a comida e bebida parece-me que é mais barato do que em Inglaterra, talvez porque sejam capazes de cultivar os produtos mais localmente, e não há tantos custos em transportar as coisas para os supermercados. Mas desde que aderiram ao euro as coisas não são tão baratas como costumavam ser. Portanto creio que a diferença já não é muito significativa.
GC – Que outros locais já visitaram?
KH – Bem, obviamente Lisboa. Também Sintra, Óbidos, Alcobaça, Nazaré e Peniche.
Óscar Morgado
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