
Organizar um torneio de futebol para jovens parece ser coisa fácil e bastante vista. Mas juntar perto de mil jovens atletas no mesmo evento, espalhado por três terras diferentes, e aliar à componente desportiva uma vertente social e turística, já começa a ser um projecto arrojado e inovador e que até faz muito sentido.
A ideia é da Fútbol Base Internacional, uma empresa com sede em Las Palmas, nas Canárias (Espanha), que escolheu a região Oeste do rectângulo luso como um dos locais para organizar um torneio deste género. Já o faz em várias localidades em Espanha e também no Brasil e na Argentina.Por um lado, esta iniciativa permite que os jovens da região joguem e convivam com outros, tanto portugueses como espanhóis. Já a região ganha com a visita de nuestros hermanos porque muitos destes miúdos vão trazer pelo menos os pais.
O próprio modelo da competição dá tempo e espaço para que sejam criados roteiros em grupo e outros livres, com acesso a praias, património histórico e visitas culturais.
A empresa espanhola parece apostar especialmente no Oeste. Fernando Luke, seu director comercial, diz que vê potencial para que o torneio oestino ganhe dimensão europeia. Por outro lado, também os municípios das Caldas, Óbidos e Peniche viram potencial naquela empresa para lhe dar o seu apoio na organização.
Parece, portanto, que todos têm a ganhar com esta iniciativa: o promotor, os participantes e a região. E por isso Zé Povinho cumprimenta el señor Fernando Luke assinalando esta como uma iniciativa positiva e a reter.

Zé Povinho anda aparvalhado com o que se passa nas Caldas com os colégios subsídio-dependentes, propriedade do pouco recomendável grupo GPS.
O governo decidiu que o Estado não tem de lhes encher os bolsos e, vai daí, iniciou-se uma campanha feroz que envolve muita gente desinformada e sedenta de aparecer, a colocar cadeados, a hastear bandeiras, a atacar uma ou outra escola pública.
Em frente aos Paços do Concelho, Zé Povinho teme. Teme porque sabe que ali, nas suas costas, há a história mal contada do aparecimento dos dois colégios privados no concelho das Caldas e a forma como estes têm sugado milhões de euros ao Estado por turmas que têm lugar nas escolas públicas.
Dessa história, já o Dr. Tinta Ferreira fez parte enquanto vereador da Educação.
Agora, o governo fez um estudo da rede escolar local e decidiu cumprir a lei, não financiando novas turmas no colégio privado. Os directores das escolas públicas afirmam que têm capacidade para receber as turmas (que até agora, entenda-se, o Estado estava a financiar ilegalmente). E o Dr. Tinta Ferreira entra no coro dos empresários do ensino privado por conta do Estado. Aqui d’el-rei que nos querem fechar os colégios! Estudos rigorosos ou dados credíveis para apresentar sobre a matéria, o presidente da Câmara das Caldas não tem. Nunca teve. Mas tem uma opinião: “as escolas públicas não têm capacidade para receber as turmas em condições”. E, para espanto das escolas públicas que nunca tiveram tal sorte, o Dr. Tinta Ferreira, com as dores dos colégios privados na alma, pede uma audiência ao ministro da Educação: “Senhor ministro, ajuste-me a rede!”.
O Dr. Tinta Ferreira é presidente da Câmara das Caldas. Zé Povinho esperava vê-lo ajustar-se ao cargo e zelar pelo cumprimento da lei e pela boa gestão dos dinheiros públicos.
































