Face ao desencadear desta crise, Zé Povinho – que nasceu uns tempos antes da outra grande pandemia do início do séc. XX (a gripe espanhola) -, está muito inquieto. Mas igualmente com uma imensa e profunda esperança de que, com o sacrifício assumido por todos, a situação trágica de hoje (e ainda estamos no início) seja revertida e que se normalize, nomeadamente com a possibilidade de se voltar à vida normal das comunidades.
Perante estes acontecimentos, Zé Povinho não pode deixar de elogiar e de prestar o justo tributo a todos aqueles que de uma forma directa e indirecta estão a contribuir para que a vida de todos os outros seja menos difícil e permite enfrentar as dificuldades com menos custos. Estes custos podem ser de ordem pessoal, física ou psíquica, ou material, estendendo-se estes também à resistência e sobrevivência das organizações e empresas a que muitos estão ligados.
Assim Zé Povinho destaca os principais heróis que estão na primeira linha e correm mais riscos imediatos (não significando isto que esqueça os outros), ligados ao sistema de saúde, às forças de segurança, às pessoas que asseguram o abastecimento da população, bastantes deles que poderão pagar um preço considerável pelo seu altruísmo. É nestes momentos conseguimos conhecer a fibra da solidariedade entre as comunidades e agora não limitamos a nossa visão ao cantinho lusitano ou oestino, mas a todo o mundo que enfrenta a atual pandemia.
Zé Povinho não gostaria de correr o risco de parecer aos seus admiradores que mantém vítimas de estimação. Mas a situação gerada pelo Coronavírus torna inevitável cair sobre três daquelas figuras mais inestimáveis à vista da maioria das pessoas sensatas do mundo. E agora com a questão desta pandemia e as sucessivas posições que essas figuras foram assumindo, ainda torna esta escolha mais evidente.
Qualquer leitor, mesmo o menos informado, até porque o problema que está no pensamento do Zé Povinho, está a ser sentido dramaticamente por todos, ou seja, trata-se desta doença global e que se infiltra sem se esperar, fica indignado com eles. Enumeramos os três principais – Trump, Boris Johnson e Bolsonaro.
Escolher os três pode significar uma simplificação, até porque o papel que eles desempenharam foi diferente e com diferentes graus de responsabilidade ou de irrespondabilidade. Talvez o pior, cujas atitudes em ano eleitoral, ampliam o seu efeito, seja Donald Trump.
Soube-se por um jornal alemão que Trump, numa reunião, confirmada em Washington, tentara adquirir os direitos sobre as patentes de investigação do CureVac que estava em curso na Alemanha, para as dominar como recurso monopolista, não pode ser ética e moralmente aceite. A informação foi desmentida pela empresa, mas não seria a primeira vez que tal facto pudesse acontecer.
Assim para Zé Povinho estes líderes titubeantes, incoerentes e ignorantes do conhecimento científico, não podem deixar de gerar uma grande indignação neste momento difícil.


































