Na passada terça-feira tomou posse em Leiria o novo presidente do Instituto Politécnico desta região, que agrega escolas em Leiria, Caldas da Rainha, Peniche e também abriu agora um polo em Torres Vedras.
Com já mais de três décadas e cerca de 12 mil alunos nas suas várias escolas, o IPL viu eleger com o devido mérito, desta vez o professor Rui Pedrosa, que não é oriundo das escolas leirienses, pois era professor em Peniche e ainda para mais residente nas Caldas da Rainha.
Não significa isto que se trate de uma desvalorização das escolas tradicionais, mas antes resultou do seu mérito em apresentar ao colégio eleitoral (formado por docentes, alunos, funcionários e outros elementos da sociedade civil) um programa coerente e virado para o futuro, que teve o devido reconhecimento.
Na equipa de três vice-presidentes e de quatro pró-presidentes, juntou também um docente da escola caldense, o professor escultor Samuel Rama, membro da direcção da ESAD, residente nas Caldas já há vários anos e que vai ser o responsável pela área cultural e das bibliotecas do IPL.
Zé Povinho espera que o conhecimento que ambos têm das escolas periféricas lhes dê as informações suficientes para tornarem aquele Politécnico equilibrado nos seus desafios e na distribuição dos seus recursos, seguindo as pisadas do anterior presidente, professor Nuno Mangas, que foi amigo e apoiante das escolas das Caldas da Rainha e Peniche, facto que não era muito usual nos seus antecessores.
Fica assim registado o regozijo de Zé Povinho pela eleição do professor Rui Pedrosa e a nomeação do professor Samuel Rama.
| D.R.
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Era bom que estes senhores se entendessem.
Um é presidente da CP, mas aparenta ser presidente de uma comissão liquidatária, especialmente da linha do Oeste, que, graças às mais recentes medidas, caminha para a extinção.
O outro é ministro do Planeamento e das Infraestruturas e tutela a empresa do senhor anterior. Aparentemente, padece de falta de solidariedade institucional porque, enquanto o homem da CP diz que não tem comboios, nem pessoal para os arranjar, nem autorização para os contratar, o ministro não lhe dá os meios, mas exige que reforce a oferta ferroviária ao invés de a reduzir.
O terceiro é o mais importante dos três e o que manda nisto tudo. Com a sua política de cativações, o ministro das Finanças tem mantido um garrote sobre a CP e a EMEF e não abre os cordões à bolsa para que Portugal possa ter comboios de jeito.
Dir-se-ia que não há sintonia entre os três, mas é precisamente o contrário: há uma perfeita sintonia, um equilíbrio perfeito, que conduz ao definhamento da ferrovia em Portugal com a linha do Oeste à cabeça.
Com a redução da oferta que se prevê para esta via férrea, é de esperar o acentuar do ciclo vicioso de menos passageiros, logo menos oferta, logo menos passageiros. Zé Povinho condena esta falta de visão e esta política de vistas curtas dos Drs. Carlos Gomes Nogueira, Pedro Marques e Mário Centeno, que tantos prejuízos traz ao país e à região.