Os refugiados, em geral, são os seres mais abandonados e maltratados do mundo, que ao longo dos séculos têm sido vítimas de regimes, circunstâncias e de perseguições, que os obrigam a abandonar as suas pátrias e a procurar abrigo noutros lugares.
Caldas da Rainha na sua história mais recente conheceu duas vagas de refugiados: uma dos Boers no princípio do século XX e outras dos judeus e outros fugitivos das perseguições nazis, durante a “II Guerra Mundial, entre 1939 e 1945.
As crises mais recentes no mundo, especialmente na região do Médio Oriente e do Corno de África, criaram nos últimos 50 anos inúmeros refugiados que se foram albergando por aquelas paragens.
Mas o fenómeno mais recente pós-invasão do Iraque, com a emergência de vários conflitos em países do Médio Oriente, como a Síria e a Líbia e de movimentos radicais e terroristas de várias origens, o último dos quais um de grande violência, o Daesh, provocaram a fuga de centenas de milhares de pessoas dos seus países, que têm procurado especialmente na Europa refúgio.
Estas movimentações de refugiados têm provocado graves reacções em muitos países, mas parece que Portugal parece continuar a ser um paraíso mais pobre, mas seguro para muitos desse refugiados.
Hoje os leitores da Gazeta das Caldas ficaram a conhecer algumas dessas histórias terríveis e as lições que esses homens e mulheres dão ao tentaram reerguer a sua vida em terras distantes das suas e aproveitando a generosidade de um povo que não lhes pode oferecer as miríficas condições de outros mais ricos, mas mesmo assim oferece atenção e amizade.
Zé Povinho, em nome dos refugiados que chegaram até aqui, bem como dos muitos milhares que se debatem com problemas de integração em todo o mundo, enaltece todos aqueles que partem, mas depois querem reerguer-se nas suas novas pátrias. Entre eles destaque para Daud Al Anazy, em nome de todos, pela sua persistência e capacidade de iniciativa que até já lhe permitiu escrever o seu testemunho num livro para recolha de fundos. Que os outros possam seguir o seu exemplo.
Portugal não precisava no actual momento de uma nova crise com origem na banca portuguesa, desta vez do seu banco público CGD, que deveria ser gerido de forma exemplar, até porque não havia necessidade de terem sido cometidos tantas “liberalidades” na concessão do crédito, que hoje está mal parado.
Mas ultrapassada a crise recente de imparidades de alguns milhares de milhões de euros, com a nomeação de uma nova administração que desta vez se dizia imune às influências partidárias, eis senão quando cai sobre esse banco uma nova tempestade.
Não é que os novos gestores, ao que parece, exigiram um novo estatuto que os eximia da apresentação ao Tribunal Constitucional da necessária declaração de património e rendimentos, exigência que é feita a todos os políticos e gestores de empresas públicas?
Nas últimas semanas, ultrapassada com êxito a problemática da capitalização da CGD não contar para o défice, foi gerada uma nova e desnecessária polémica à roda dos salários dos gestores, bem como da respectiva declaração de património e rendimentos.
E o comum dos observadores pensa que esse gesto pródigo lhes foi oferecido pelo actual ministro das Finanças, Dr. Mário Centeno. Este assunto já cheira mal por estar a apodrecer o ambiente político e económico português e já tresanda por todo o lado. O presidente da CGD, Dr. António Domingues e o ministro Mário Centeno, bem podiam poupar os portugueses a mais estas questiúnculas que só servem para prejudicar o clima de retoma do país. Basta!


































