
Zé Povinho estava atento e não esquece a afirmação do secretário de Estado das Autarquias Locais, Dr. Carlos Miguel, lançada nas Caldas em Julho passado, que “o Governo, e muito especialmente o primeiro-ministro, António Costa, não se esquece que a OesteCIM está repartida entre duas CCDR” o que “em termos administrativos não tem qualquer lógica”.
Ora se em termos administrativos não tem qualquer lógica, então em termos de planeamento estratégico ainda é mais absurda essa divisão.
Como é possível entender que o Oeste, por exemplo, esteja disseminado numa região (Centro) com mais 99 municípios, num país que tem ao todo 308?
Por isso é bem vinda a proposta deste governante em criar um nova CCDR que junte o Vale do Tejo e o Oeste.
Pelas opiniões recolhidas pela Gazeta das Caldas esta semana, não se encontram objecções, desde que – o que é compreensível e natural – não haja prejuízo na distribuição dos fundos no próximo quadro comunitário.
Num momento em que todos se calam, é de elogiar um membro do governo que tem a coragem de lançar à discussão uma medida lógica, viável e com natural aceitação da maior parte dos responsáveis. Oxalá o assunto não caia no esquecimento.

A Misericórdia de Alfeizerão tem vivido um ano de 2017 muito turbulento devido à oposição ao seu provedor, Dr. José Luís Castro, que levou a 14 demissões nos órgãos sociais da instituição e à convocação de eleições que, por sua vez, também não foram pacíficas porque havia quem as quisesse gerais e quem as quisesse parciais.
Independentemente do resultado (fizeram-se eleições parciais para ocupar os lugares vagos pelos demissionários), o clima na Misericórdia está longe da acalmia e, a menos que uma das partes desista, espera-se nova refrega em 2018.
Zé Povinho lamenta esta situação pouco abonatória entre irmãos (como são designados os associados da Misericórdia) numa casa que tem prestado tão bons serviços à sua população, constituindo-se, em alguns aspectos sociais, como uma autêntica segunda autarquia e chegando até a ser uma das maiores empregadoras da zona.
O Dr. José Luís Castro, por muito mérito que tenha devido aos muitos anos de dedicação à causa, não pode ignorar o peso de 14 demissões na instituição que dirige. E por isso não lhe fique bem a ligeireza com que diz que tudo não passou de uma tentativa de golpe.
Mas os seus opositores (demissionários e outros) também não estão isentos de críticas, sobretudo porque não cumprem o elementar dever de cidadania que é dar a cara na crítica ao que julgam que está mal, preferindo o anonimato, as cartas anónimas, o “diz que disse” e as acusações sem fundamento ou provas. Para denunciar ilícitos – caso existam – não é preciso coragem. Basta não haver cobardia.
Zé Povinho, que não toma o partido por ninguém nem mete as mãos no fogo por ninguém, confessa-se triste e deseja que a Santa Casa da Misericórdia de Alfeizerão regresse ao bom caminho.
































