A Semana do Zé Povinho | 04/05/2018

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Gazeta das Caldas
| D.R.
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Uma cidade que diz querer transformar-se numa Cidade Criativa da Unesco tem de apresentar uma dinâmica de conexão entre os seus vários actores locais, regionais, nacionais e internacionais, sejam institucionais, empresariais, associativos ou mesmo pessoais, que mostre uma forma nova de afirmação cultural participativa.
São ainda poucos estes processos de co-criação ou criação conjunta de acções culturais, mas quando estas surgem, devem merecer a atenção de todos e Zé Povinho, por natureza própria e pela sua origem, está muito atento às mesmas e deve incentivá-las.
O que está a ser desenvolvido entre o La Vie Shopping Center, através da sua entidade gestora, e a Escola Superior das Artes e Design, enquadra-se neste espírito com o lançamento de um concurso dirigido aos estudantes finalistas de alguns cursos de Design para que se envolvam na criação do projeto artístico “Caldas da Rainha, Cidade Bordallo Pinheiro”, constituído por um painel de 65 m2 a colocar no próprio centro comercial.
Está assim de parabéns o Dr. Luís Loureiro, administrador da Widerproperty S.A. que gere o La Vie, tentando ele próprio “encontrar pontos de contacto com as forças vivas da cidade e da região”, comportamento que devia ser mais frequente na maioria das empresas que se instalam nas Caldas e que têm as suas sedes fora, mesmo algumas que têm a sua tradição originária na cidade ou na região. Boas notícias quando se aproxima a apresentação da candidatura das Caldas da Rainha a tão importante distinção da UNESCO.

 

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Zé Povinho já não se surpreende com as notícias que vão saindo acerca da enorme bagunça que foi nos últimos anos a gestão da Junta de Freguesia da Foz do Arelho (e de uma associação meio fantasma incrustada na sua sede).
Para além do relatório que dava conta de um buraco de 190 mil euros nas contas da Junta, confirma-se agora aquilo que o mesmo relatório já abordava acerca da facilidade em ir ao cofre buscar dinheiro para despesas pessoais. E, já agora, tire-se o chapéu ao autor do relatório pois este, ainda antes da denúncia da Junta de Freguesia contra a funcionária (e à data também membro do executivo), Maria dos Anjos, por ter levantado cheques da freguesia em seu nome, já tinha identificado esta história, que também saiu no documento.
Que a dita funcionária acuse Fernando Sousa de cumplicidade e de ter feito exactamente a mesma coisa nas suas idas ao cofre, também não surpreende Zé Povinho. Nem a insinuação nem os alegados factos. Tanto mais que a coisa adquire foros de telenovela mexicana quando se fica a saber de “pactos de silêncio” entre pessoas que têm muito a esconder.
O processo, que está a ser investigado pela PJ, ainda está no início, o mesmo é dizer que a procissão ainda vai no adro. Por isso, Zé Povinho suspira fundo e aguarda, resignado, triste e revoltado, o que para aí ainda há-de vir sobre este calamitoso processo fozense.

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