A ministra da Agricultura escolheu, esta semana, o Oeste, mais precisamente o Cadaval, para participar no arranque oficial da campanha da Pera Rocha. Maria do Céu Antunes fez questão de, num período em que muitos têm levantado sérias objecções à forma como as colheitas vão decorrer, estar no terreno e conhecer as junto de quem trabalha as maiores dificuldades e obstáculos com que os agricultores e todos aqueles que participam nesta campanha se deparam.
Na verdade, seria muito vantajoso para a sociedade em geral que isto sucedesse mais vezes. Ou seja, que os nossos governantes e aqueles que gerem os recursos que são de todos, estivessem mais próximos do país real. Infelizmente, vamos assistindo, amiúde, a exemplos de como se tomam decisões estratégicas em gabinetes ministeriais sem que os principais interessados sejam ouvidos e se possam pronunciar, em tempo oportuno, sobre matérias que lhes dizem directamente respeito. E, por norma, isso significa que muitas dessas decisões são desajustadas da realidade, com impactos negativos na vida dos cidadãos e das empresas.
É por isso que a presença da ministra da Agricultura no Oeste, para valorizar um sector tão importante para a nossa economia a nível interno e decisivo para o equilíbrio da balança comercial do país, merece, por isso, ser destacada, por ser uma boa prática. A Pera Rocha e a Maçã de Alcobaça, mas também muitas outras culturas aqui praticadas, são demasiadamente importantes para que sejam negligenciadas e, por isso, Zé Povinho gostou de ver Maria do Céu Antunes por cá.
Zé Povinho sempre praticou alguns desportos, nomeadamente o de… levantar o copo, pelo que tem um carinho especial pelos muitos clubes e federações desportivas que, no fundo, se têm substituído ao Estado no que diz respeito ao acesso à prática desportiva entre a população.
É, por isso, com algum espanto que se assiste a um problema grave e que carece de solução urgente e que, por mais pressão que exista nesta fase do “campeonato”, a Direção-Geral da Saúde está obrigada a apresentar. Afinal, o Conselho de Ministros autorizou a prática desportiva organizada, mas a regulamentação para que o desporto se possa voltar a praticar, com regras sanitárias adequadas, tarda em ser publicada, o que cria enormes constrangimentos aos clubes e às respectivas federações.
A DGS foi muito célere a definir o protocolo que permitiu ao futebol profissional terminar a temporada, mas não ata, nem desata no que concerne aos clubes e às modalidades amadoras, como o voleibol, o futsal ou o andebol, mas também o futebol de formação e as competições de futebol não profissionais.
Para agravar toda esta situação, e seguindo as indicações do Governo, há várias modalidades que já fizeram os sorteios dos campeonatos e definiram as datas para o início das competições. Só que, a poucas semanas de isso poder vir a tornar-se um facto consumado, os clubes estão de mãos e pés atados, sem saber quais as regras que devem impor aos seus treinadores e atletas.
Vários clubes têm, podemos dizê-lo, arriscado um pouco, pois já fazem treinos de forma regular. E, pelo que se vai ouvindo, até já jogos-treino se realizaram. Parece que alguém anda a brincar com o fogo. E isso nunca dá bom resultado.

































