Um homem simples, afável, bom. É desta forma que os colegas, amigos e muitas pessoas que com ele contactam nas suas funções o caracterizam e que Zé Povinho também o vê.
O Dr. Joaquim Urbano, médico anestesista e das urgências que esteve perto de 30 anos ao serviço da Saúde no Oeste, especialmente ligado ao Hospital Distrital das Caldas das Rainha, onde teve inúmeras responsabilidades e um dos que estava sempre pronto para servir. Quando agora se reforma, aos 70 anos, por imperativo legal é daqueles médicos que deixa muitas saudades e que o Zé Povinho acredita mesmo que se não fosse esse imperativo legal e Joaquim Urbano continuaria a trabalhar no hospital e na VMER, o serviço que criou nas Caldas e que pelo qual tanta dedicação teve.
Natural de Sangalhos (Anadia) formou-se na Universidade de Coimbra em 1976 e começou por realizar o internato geral no Hospital de Aveiro. Fez serviço médico à periferia em Sever do Vouga, depois iniciou o internato em Anestesiologia no Hospital de Castelo Branco e, mais tarde, exerceu funções no Hospital de Alcobaça, até 1992, altura em que se fixou nas Caldas.
A humanidade deste médico não deixa ninguém indiferente e, por isso, não foi de estranhar que tantos amigos quisessem marcar presença na cerimónia de homenagem que lhe foi feita na noite de sexta-feira no CCC. A família, seu grande suporte como referiu na cerimónia, poderá agora finalmente contar com a sua companhia.
Contudo, por certo, Joaquim Urbano não deixará de participar na vida da cidade, continuando presidente da Liga de Amigos do Hospital e, no futuro, quem sabe, noutras instituições locais como já o fez antes.
Zé Povinho agradece toda a dedicação deste profissional para com os seus conterrâneos e realça o seu exemplo, num tempo em que é banal dizer-se mal do Serviço Nacional de Saúde. O Dr. Urbano é a prova, tal como alguns outros, que aquele serviço é crucial para os portugueses.
D. Quixote de La Mancha e Sancho Pança são duas figuras emblemáticas do país vizinho, que a exemplo deste vosso leal servidor – de nome Zé Povinho – simbolizam ironicamente, para o bem e para o mal, aquilo que ambos os povos têm de características mais caricatas.
A actual crise em Espanha pode significar, de certa forma, as figuras desse cavaleiro de triste figura, misturando fantasia e realidade, comportando-se como se estivesse num romance de cavalaria e transformando obstáculos banais (como moinhos de vento ou ovelhas) em gigantes e exércitos de inimigos.
A seu lado, Sancho Pança, um gordo e ingénuo lavrador, apesar de uma certa lucidez, vai seguir iludido pela louca imaginação do seu líder, largando tudo para viver as aventuras de cavalaria andante.
Provavelmente esta visão é exagerada da forma como as lideranças espanholas se têm comportado ao longo dos últimos 4 anos, em que se vão alterando os protagonistas, todos senhores do seu nariz, com incapacidade em negociarem plataformas de cooperação, caindo sucessivamente em novas eleições, em que os pesos eleitorais se vão complicando e tornando as soluções políticas incompreensíveis.
Zé Povinho gostava que os resultados do passado domingo, que tornaram as soluções mais difíceis, obrigassem a todos, mas especialmente às forças mais conscientes das reais necessidades do povo vizinho, a fazer acordos que evitassem o prolongamento de uma crise que se pode tornar insustentável e de consequências não controláveis.
Por isso deixamos como símbolo destas confissões do país vizinho as figuras simbólicas de Cervantes, D. Quixote e Sancho Pança.

































