A semana do Zé Povinho

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Hoje em dia, nos media e nas redes sociais multiplicam-se as publicações sobre agressões a árbitros, discussões e violência entre adeptos, e situações que até passam para dentro das quatro linhas. Ainda este fim-de-semana, na Grécia um grupo de 100 pessoas invadiu o campo num jogo de juvenis e agrediu vários atletas do Olympiacos.

Mais que uma competição, o desporto deveria ser para os jovens uma escola de saúde e virtudes, mas é cada vez mais um escape para o stress do dia a dia de quem está do lado de fora das quatro linhas.
É por isso que quando os bons exemplos surgem é preciso dar-lhes relevo. Também o Caldas teve, há duas épocas, um caso de mau comportamento dos adeptos num jogo de futebol, que levou à abertura de um processo pela Federação Portuguesa de Futebol por manifestações racistas dos adeptos.
O clube demarcou-se fortemente do incidente e foi absolvido. Mesmo assim, desde então adoptou uma postura de forte repúdio contra comportamentos violentes e racistas, lançando campanhas junto de atletas e adeptos.
Na passada sexta-feira, 13 de Setembro, essa postura do clube mereceu um dos mais elevados reconhecimento ao nível do Fair Play, com o título de clube Excelência no Saber Estar no Futebol pela Associação de Futebol de Leiria, sob a égide do programa Bandeira da Ética no Desporto.
O clube alvinegro tem tido também várias equipas a vencer os prémios disciplina nos campeonatos da AF Leiria, como sucedeu este ano com os juniores.
O comportamento competitivo num clube é importante e o Caldas tem conseguido traduzir o seu trabalho no campo em bons resultados ao nível dos escalões de formação, mas Zé Povinho não podia deixar de destacar este importante prémio agora alcançado. Está de parabéns o Caldas SC por “saber estar no futebol” e por assim ajudar a formar, mais que atletas, bons cidadãos para amanhã.

 

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Começa a ser preocupante a instabilidade governativa em Espanha. Pedro Sanchez, líder do PSOE e vencedor das últimas eleições legislativas, não consegue formar governo porque precisa do apoio de outros partidos. A solução mais óbvia, que foi alimentada por muita gente à esquerda, seria a formação de uma “geringonça espanhola” com o PSOE e o Podemos a entenderem-se para viabilizar governo.
Mas Sanchez e Pablo Iglesias não chegaram a acordo, tendo ambos imputado ao outro a responsabilidade pela não viabilização de uma solução governativa.
Ao centro e à direita, como seria de esperar, o dirigente do Cidadãos, Albert Rivera e o do Partido Popular, Pablo Casado, também não deram a mão a Pablo Sanchez e já anunciaram que rejeitam o governo minoritário do PSOE. Por causa disso, Espanha vai novamente para eleições (pela quarta vez em quatro anos).
Ao contrário do que se possa pensar, isto não são problemas “dos outros”. Espanha está mesmo aqui ao lado e é a economia com a qual Portugal tem mais relações. Um cenário arrastado de crise no país vizinho é prejudicial a Portugal.
Graças a estes desentendimentos, já nem se realiza este ano a tradicional cimeira ibérica, que junta anualmente os dois chefes de governo e durante a qual se firmam acordos e se desbloqueiam problemas.
Apesar de confiar na resiliência das instituições e da democracia espanhola, Zé Povinho lamenta que os seus principais representantes políticos andem tão crispados e desentendidos.

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