
Zé Povinho destaca esta semana a simpática população do Landal, pelo envolvimento num evento que potencia o produto que mais mexe com a economia da aldeia: a codorniz. O festival – numa freguesia rural do concelho – já é um evento consolidado, que ano após ano atrai milhares de pessoas para provar aquela ave cozinhada de variadas formas.
Mas a organização não se senta à sombra do “sucesso” e procura inventar novas formas de atrair público. Este ano atribuíram um prémio ao melhor prato, estimulando a criação de receitas. E também fizeram uma passagem de modelos, a juntar à caminhada e ao percurso de BTT. Ainda assim, a grande novidade desta edição foi a criação de uma omelete com 7500 ovos de codorniz, que se supõe que seja a maior já confeccionada.
Zé Povinho aplaude os 25 voluntários que ajudaram a preparar esta iguaria, mas também todos os outros que durante quatro dias se dedicam à sua colectividade, preparando e servindo milhares de refeições. A freguesia do Landal, que até tem no seu brazão as figuras de codornizes, está de parabéns.

No início da semana os portugueses foram surpreendidos com a notícia de uma operação da Autoridade Tributária que, em conjunto com a GNR, mandava parar os condutores à saída de uma autoestrada no Norte, para verificar se tinham dívidas ao fisco e obrigá-los a pagar sob pena de poderem ver o seu carro penhorado.
Esta atitude musculada da Autoridade Tributária provocou primeiro a estupefacção da maioria das pessoas, seguida de uma grande indignação, o que levou o próprio secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, António Mendonça Mendes, a mandar cancelar aquela operação. Pouco depois, o ministro das Finanças, Mário Centeno, viria declarar que aquela acção “não foi feliz” e “não se vai repetir”, considerando que tinha sido “desproporcionada”, apesar de ter enquadramento legal. Um enquadramento legal que já vinha do governo de Passos Coelho quando o então ministro das Finanças, Vítor Gaspar, assinou um protocolo entre a GNR e a Autoridade Tributária para efectuar este tipo de fiscalizações.
Agora, felizmente, o poder político pareceu mais sensível à questão ética em detrimento da legal. O fisco estava a ir longe de mais e o próprio director de Finanças do Porto, José Oliveira e Castro, acabou por pedir a demissão.
Zé Povinho não considera que esta história tenha tido um desfecho infeliz. O ideal seria não ter acontecido. Mas receia que, noutros contextos e noutros ciclos políticos, a máquina autoritária e cega do fisco volte a realizar idênticos assaltos aos contribuintes.
































