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As dezenas de propostas serão agora analisadas e o Orçamento apresentado a 17 de dezembro
O presidente da Câmara das Caldas reuniu, no passado dia 19 de novembro, com os representantes de todos os partidos que não estão representados na Câmara e Assembleia Municipal, que apresentaram as suas propostas para o Orçamento Municipal de 2026. A reunião decorreu com representantes da Iniciativa Liberal, Livre, Bloco de Esquerda e CDU. Foi também feito um convite ao ADN, mas por o seu representante se encontrar fora do país, irão falar noutra altura.
Os candidatos independentes pelo ADN, à Camara e Assembleia Municipal – e que não integram o partido, já fizeram chegar as suas propostas à mesa da Assembleia Municipal e que chegou à Câmara. Vítor Marques garante que também elas serão tidas em conta na sua base de trabalho para a elaboração do próximo orçamento.
“Temos, pela primeira vez também propostas apresentadas pelo PSD, ao contrário do que aconteceu no mandato anterior. Fiquei bastante satisfeito que tenham enviado um conjunto de propostas, que agora irão ser avaliadas, pois tudo isso tem um impacto orçamental”, explicou o autarca. Ainda assim, acredita que conseguirão concretizar em orçamento a maior parte das propostas e, destas, algumas estão até já em projeto ou em concretização”, disse, exemplificando com as propostas sobre as comunicações da Proteção Civil ou as Fábricas de Águas.
“Não sou presidente apenas dos que votaram em nós, sou de todos. Houve um conjunto significativo de cidadãos que votou noutras forças políticas que tinham programas relativamente distintos e temos de ter a inteligência de olhar para os resultados eleitorais e conseguir conciliar pontos de encontro”, concretizou.
Entre as propostas apresentadas pela coligação AD para incluir no próximo Orçamento estão uma cobertura para a Praça da Fruta, a construção de um silo automóvel na Avenida 1º de Maio, uma ciclovia a ligar a cidade à Lagoa e a criação da polícia municipal nas Caldas. Também a Iniciativa Liberal, que participou na reunião de 19 de novembro, defendeu a criação de polícia municipal na cidade, apresentando uma análise dos custos anuais associados à criação de um corpo de 17 elementos e demonstrando que parte desse investimento pode ser compensado pela eliminação de despesas atualmente pagas a título extraordinário: nomeadamente gratificados e outras funções de fiscalização. Em relação à habitação, quer que seja feito um inventário dos imóveis da autarquia, de modo a perceber quais poderão ser reabilitados e apresentou propostas de natureza pública e modelos de parceria com privados, com o objetivo de aumentar a oferta habitacional e contribuir para a estabilização dos preços. A IL quer ver clarificada a situação dos pavilhões do Parque e a antiga concessão com a Visabeira, destacou a inexistência de creches públicas no concelho e questionou também a execução e monitorização das Grandes Opções do Plano (GOP).
No documento entregue por Carlos Barroso (que foi candidato independente pelo ADN) na Assembleia Municipal são defendidas um conjunto de propostas, entre elas a transferência da gestão operacional e financeira dos parques para os bombeiros caldenses e a atribuição de medalhas municipais a bombeiros com mais de 30 anos de serviço voluntário. Entre as propostas sem grandes encargos financeiros estão ainda a atribuição do nome do Complexo Desportivo Municipal a Abílio Maria Camacho e a colocação de uma placa de homenagem a Vasco Oliveira na Rua da Estação.
Os serviços estão a trabalhar no documento, cuja proposta irá à Assembleia Municipal de 16 de dezembro para apreciação.
