
A cerimónia de tomada de posse, que lotou por completo o salão nobre da autarquia, contou ainda com a intervenção dos representantes das forças partidárias existentes no concelho.
Antes do fim de Outubro chegará às Caldas uma varredora aspiradora, que começará de imediato a limpar a cidade. O novo presidente da Câmara, Tinta Ferreira, pretende melhorar a higiene e manutenção dos espaços verdes, assim como a limpeza dos graffitis não artísticos, justificando que assim o trabalho iniciado durante a campanha eleitoral.
A vertente social é uma das prioridades do novo executivo, com o autarca a assumir o compromisso de servir os caldenses numa altura de crise. Tinta Ferreira corrobora da opinião de vereador socialista Rui Correia de que as autarquias estão bastante limitadas, a nível legislativo, para acudir adequadamente à questão do cidadão, mas deixou a promessa de fazer o que for possível dentro da autonomia que possuem.
A promoção e divulgação da cidade, sobretudo através da sua animação, são outro dos objectivos de Tinta Ferreira, que quer que as Caldas se possa afirmar mais no contexto regional. Decisivo para o novo executivo é também o planeamento, que irá ditar o desenvolvimento do concelho. Com o Plano Estratégico a terminar, Tinta Ferreira, disse que é necessário criar um novo documento com as prioridades para a próxima década e conta para isso com a participação de todos.
O novo edil disse ainda que este concelho tem que lutar por boas condições de saúde, tanto para satisfazer as necessidades da sua população como para atrair novos investimentos. “Como trazer para cá pessoas para viver e trabalhar e fixar empresas se não tivermos serviços de saúde adequados para que as pessoas se sintam bem?”, questionou.
Para resolver nos próximos quatro anos estão também algumas questões crónicas, como a Lagoa de Óbidos, o Hospital Termal e a Linha do Oeste.
Tinta Ferreira disse que passa a ser o presidente de todos os caldenses e pediu a todos os vereadores e deputados que também tomassem a mesma atitude. Manifestou disponibilidade para acolher as ideias e propostas da oposição e pediu-lhes também “abertura de espírito” para aceitar as do novo executivo.
EDITORIAL DA GAZETA SERVE DE INSPIRAÇÃO
Tinta Ferreira utilizou ainda o último parágrafo do editorial da Gazeta das Caldas, de 4 de Outubro, que refere que é “importante tocar a reunir e mobilizar tudo e todos, agora que vão passadas as eleições, para salvarmos e darmos uma nova vida ao concelho e à região”, tomando-o como um mote do que quis transmitir aos caldenses.
Presente na tomada de posse do seu sucessor à frente da autarquia, o ex-presidente Fernando Costa fez um balanço do seu trabalho autárquico, embora reconhecesse que é difícil sintetizar tudo o que fez entre os 36 e os 63 anos.
Os grandes objectivos iniciais executou-os nos primeiros três mandatos e reportavam-se sobretudo a obras de saneamento básico, água e electricidade. Entre as obras realizadas destacou o CCC e a ESAD, mas leva “atravessado na garganta” não ter conseguido resolver o problema do Hospital Termal.
A Tinta Ferreira desejou que possa continuar um trabalho diferente do seu pois o “pior erro que ele pode fazer é tentar imitar-me”.
O autarca deixou ainda uma palavra de agradecimento aos funcionários da Câmara, com quem reconhece nem sempre ter sido justo. “Fui um presidente austero e duro”, disse, acrescentando que a eles se devem os bons resultados ao nível da eficácia que a Câmara apresenta.
TODOS OS PARTIDOS FALARAM
O representante da CDU, José Carlos Faria, pediu que o novo executivo defenda o concelho junto dos decisores políticos. Referindo-se ao CCC, disse que este reclama um projecto, equipa e modelo de gestão “aptos a dar uma resposta qualificada, clara e transparente sobre as responsabilidades que lhe devem estar cometidas enquanto primado de serviço público”.
José Carlos Faria apelou à possibilidade de consensos e que possa dar um exemplo no exercício das suas funções que possa ser factor de diminuição da elevada taxa de abstenção.
Manuel Isaac, do CDS-PP, deixou desde logo o compromisso de ser leal ao novo presidente da Câmara e aos caldenses, mas sobretudo aos seus princípios. O vereador elegeu como prioritários a resolução dos problemas do Hospital Termal e da Praça da Fruta, adiantando que em relação a esta última pretende encomendar uma proposta para apresentar à Câmara.
O Movimento Viver o Concelho – MVC, que elegeu dois membros para a Assembleia Municipal, pretende ser uma oposição “construtiva, mas atenta e interventiva”, disse Teresa Serrenho, que pediu para ser divulgadas publicamente as actas das sessões de Câmara e Assembleia Municipal e que se reúna numa plataforma informática a informação dos projectos levados a cabo pela autarquia, permitindo a sua monitorização por parte dos membros da Assembleia Municipal e dos munícipes.
Teresa Serrenho defendeu ainda que seja disponibilizada a transmissão directa, on-line, das assembleias municipais e outras iniciativas camarárias, assim como a inserção no regimento da declaração de interesses dos membros da Assembleia.
Plantar sementes de confiança entre eleitores e eleitos foi o desafio deixado por Rui Correia, do PS, que assim quer ver renovada a confiança na política. “O poder local tem neste mandato a incumbência histórica de dignificar a própria politica local”, disse, pedindo exemplo na actuação de todos.
Já António Cipriano, representante do PSD, disse que este executivo pretende imprimir uma nova dinâmica neste concelho e que tem capacidade para resolver os problemas “anacrónicos” que este apresenta.
O eleito defendeu uma aposta na agricultura, e que a Câmara deve ter uma postura pró-activa para atrair empresas, gerar riqueza e trazer emprego, assim como uma postura reivindicativa junto do poder central.
Fátima Ferreira
fferreira@gazetadascaldas.pt
































200 pessoas e então os eleitores onde fivarao