Rui Correia quer ser alternativa a uma política de “atraso de vida” para as Caldas da Rainha

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O actual vereador socialista na Câmara das Caldas, Rui Correia, foi o primeiro a apresentar publicamente a sua candidatura a candidato do PS à Câmara das Caldas, no passado dia 27 de Dezembro. O lugar será disputado entre ele e o deputado municipal, Carlos Tomás, em eleições directas primárias pelos militantes da concelhia, no próximo dia 6 de Janeiro.
A cerimónia decorreu na sala de exposições dos Silos e não se tratou de uma escolha casual. “Silos de cereais que se convertem hoje em contentor criativo. Uma incubadora de liberdade e de dinamismo artístico e empresarial, uma belíssima ilustração do que podem ser as Caldas da Rainha”, disse Rui Correia, que tem como emblema de campanha escutar e dar voz a quem queira fazer coisas pelos outros.
Na sua apresentação, o candidato deu nota do novo ciclo democrático que se inicia nas Caldas da Rainha, com a realização de eleições directas, que gostava de ver estendido a todos os partidos.
“Um político tem de provar que tem serventia. Se o não conseguir fazer, não serve para nada, e servir-se-á, mais tarde ou mais cedo, apenas a si mesmo”, disse o candidato independente a quem já consideraram “mais socialista que muitos militantes e mais militante que muitos socialistas”.
Rui Correia disse que tem uma vida profissional de 22 anos e que, como “cidadão livre, preciso de viver a política, mas não preciso de viver da política”. Reconheceu que se atravessam tempos difíceis, mas considera que há cada vez mais gente a participar na vida política da sua comunidade. “Não existe nenhuma apatia generalizada pela política. Existem, isso sim, diferentes tipos de participação política que o sistema obstinadamente teima em desperdiçar”, disse, defendendo mais solidariedade e generosidade.
Rui Correia falou de algumas das suas vitórias, juntamente com Delfim Azevedo, na Câmara, dando como exemplos a digitalização dos processos burocráticos, o levantamento dos imóveis degradados, ou a estrutura workspace de partilha de ficheiros digitais.
O vereador lembrou também que graças ao seu trabalho foram aumentadas para 35 o número de bolsas a atribuir aos bons alunos, lançado o fundo de emergência social no valor de 150 mil euros para assistir a famílias carenciadas e o orçamento participativo, que permitirá a concretização de projectos dos cidadãos.

10 milhões de euros para “mudar o chão”

Rui Correia deixou a garantia que teriam feito mais se o PS estivesse no poder e salientou que “este concelho precisa de perceber que vive no século XXI e que só não está no século XXI porque uma maioria PSD o mantém refém, sequestrado no século passado”.
Classificou a política desenvolvida pelo PSD “um atraso de vida” e justificou-o com o número de desempregados da indústria cerâmica, do comércio e da construção civil, assim como o falta de posição da Câmara relativamente ao hospital, termas e parque.
Em tom provocador, Rui Correia perguntou o que os presentes fariam se tivessem 10 milhões de euros para gastar, para logo depois responder que não seria, com certeza, para “mudar o chão”, numa crítica ao projecto de regeneração urbana.
O candidato referiu ainda que o trabalho de casa feito desde que, em 2009, António José Seguro coordenou nas Caldas da Rainha a equipa de elaboração do programa eleitoral do PS e que estão prontos para elaborar um “um caderno de soluções concretas, um elenco de medidas reais, realistas, viáveis, num programa eleitoral participado” para o concelho.
A apresentação contou com a participação de Helena Arroz e Mário Tavares que expuseram as razões por que subscrevem e apoiam esta candidatura.
Helena Arroz falou da necessidade de tornar as Caldas um local aprazível, de investir nas pequenas empresas e garantir o florescer dos locais comerciais, e que quem estivesse à frente dos destinos do concelho “soubesse aproveitar as competências das pessoas”.
Para Mário Tavares há muito tempo que Rui Correia se vislumbrava um “excelente” candidato à Câmara, pois é “culto, inteligente e sensível”. O histórico socialista caldense defendeu que é preciso recuperar as termas, revitalizar o comércio e os serviços e criar condições para que se “seja feliz” nas Caldas. Mário Tavares lembrou ainda que o partido tem tido bons candidatos e vereadores na autarquia, prestando homenagem a Delfim Azevedo, pessoa que “se tem sacrificando tanto” pelo PS local.

Fátima Ferreira
fferreira@gazetadascaldas.pt

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3 COMENTÁRIOS

  1. Se Portugal,pudesse viver das promessas dos politicos(Especificante quando na oposicao),seria-mos um dos paises com mais alto nivel de vida..
    Infelizmente tal nao acontece..
    E sabido que perfeitos neste mundo nao ha.
    Quando e que a oposicao ira aprender que devem respeitar o voto do povo?
    Quando e que irao deixar governar aqueles a quem foi dado essa responsabilidade?
    Sera que a oposicao so serve para fazer e marcar greves?
    A oposicao seja de direita,centro ou esquerda,deviam saber que so deveriam falar do governo quando dessem inicio a novas eleicoes..
    Ai sim ha que colocar a vista com argumentos a politica errada daqueles que eles pretendem colocar no olho da rua.
    P.S. ..
    Especificamente por cada vez que falam perdem uma belissima oportunidade de terem ficado calados.
    Dificil ter governo com maior”Rabo de palha” que o formado pelo partido socialista.
    Quanto a outros mais esquerda,pecam por querem ser governo quando afinal desde a muito deveriam ver que como eles apregoam(A uniao faz a forca)..
    Mas a maioria sabe que eles so falam para os outros.
    Para eles a politica e outra.
    Juntem-se ao PS,os que sao mais a esquerda..ao PSD os do centro os mais direitistas ao CDS..
    Para que tantos partidos?
    Deixem-se de MMMMMM
    Unam as maos e trabalhem em prol de Portugal
    De todos para todos.
    ZePerlengas

  2. A única coisa em que posso concordar consigo, “ZéPerlengas”, é que temos de nos deixar de politiquices e pôr “mãos á obra”…mas temos de o fazer TODOS…
    Como simples habitante de Caldas da Rainha, só posso lamentar o “estado” a que chegou esta “semi-cidade”.
    Devido á profissão que exerço, (que a “maioria” desconhece) corro este belo País de lés-a-lés e custa-me ver a degradação e ao desleixo a que Caldas da Rainha chegou, em comparação a TODAS as cidades por onde passei…