PS quer que Portugal tenha uma “voz mais activa” na Europa

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Fotomesa FotoPessoasA conferência europeia alusiva ao “Desenvolvimento Sustentável – Caldas 2021”, organizada pelo PS local no passado dia 28 de Agosto, e marcou o arranque da campanha socialista nas Caldas da Rainha. O ex-comissário europeu António Vitorino, os eurodeputados português Carlos Zorrinho, e italiano Brando Benifei, foram alguns dos oradores no encontro que juntou cerca de 80 pessoas. Os intervenientes foram unânimes na critica ao actual governo, que “não soube defender os interesses de Portugal em Bruxelas” e realçam a necessidade de uma voz mais activa na Europa.
Uma maior rapidez e menor burocracia nos processos entre o poder local e as instâncias europeias foi outra das ideias defendidas.

“As próximas eleições não são apenas um problema de escolha partidária, mas de opção patriótica pela garantia de um governo estável que permita fazer as reformas que o país ainda carece e também voltar a ter uma voz activa na Europa”. A advertência foi dada pelo ex-comissário europeu, António Vitorino, nas Caldas, onde aproveitou a ocasião para pedir o voto no PS, de modo alcançar uma maioria absoluta nas eleições de Outubro e, consequentemente, “um governo estável”.
No ano em que se comemora o 30º aniversário da presença de Portugal nas comunidades europeias, António Vitorino fez um balanço positivo dessa participação, destacando mesmo tratar-se de uma “história de sucesso”. Considera que o país transformou-se profundamente tanto ao nível físico como nos comportamentos das pessoas. “Vivemos um ciclo de integração europeia onde a prioridade foi dada

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às infra-estruturas e, ao contrário do que muitos querem fazer crer, essa não foi uma opção errada”, disse, destacando que o investimento que permitiu ao país crescer economicamente é o grande legado deste primeiro ciclo da integração europeia.
Agora, que as infra-estruturas estão quase todas feitas, a prioridade são as pessoas, acrescentou o ex-comissário europeu, corroborando da posição de António Costa, que definiu o emprego como a prioridade deste governo. António Vitorino reconhece, contudo, que actualmente há um certo desencanto com o projecto europeu e garante que continua a acreditar na Europa, embora considere que esta “tem que mudar”.
Para o eurodeputado socialista, Carlos Zorrinho, nos últimos quatro anos tem havido uma “ausência” de política externa. Criticou o ciclo “tremendo” de empobrecimento que se tem registado e deu conta que o país divergiu da Europa em termos económicos, sociais, ambientais e de posição política. “Sempre sentimos que o Portugal diplomático vale mais que o Portugal económico e a verdade é que hoje ambos valem menos”, denunciou.
Carlos Zorrinho defendeu, em alternativa a uma política de restrição, o desenvolvimento da economia verde, que associa o turismo saudável, as novas energias e clusters da produção agrícola. Também a economia azul, ligada aos oceanos, deve ser potenciada, a par da economia digital. “Os dois grandes pontos de esperança da Europa são a união da energia e a união digital”, disse.
Para o eurodeputado, nascido em Óbidos, o grande desafio do PS nas próximas eleições será eleger quatro deputados em Leiria e, pelo menos, 116 deputados no país, defendendo que a governação socialista “é o princípio do ciclo de crescimento, emprego e de oportunidade”.
Também presente na conferência esteve Brando Benifei, eurodeputado eleito pelo Partido Democrático Italiano, que se encontrava em Portugal a participar no ‘YES Summer Camp’, o acampamento da JS que decorreu de 25 a 30 de Agosto Santa Cruz (Torres Vedras). O jovem italiano defendeu que a UE deve fazer mais para apoiar o desenvolvimento local e melhorar a distribuição da riqueza entre os países membros.
Para Brando Benifei Portugal é, também, “um parceiro extremamente importante na renovação das ideias” e deseja que isso possa acontecer através da eleição de um novo governo liderado por António Costa. O eurodeputado falou ainda das ameaças com que a União Europeia se confronta, nomeadamente as guerras, tensão com a federação russa ou ascensão da extrema direita e defendeu um novo paradigma, assente na justiça social.
Caldas saudável e criativa

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Para o deputado municipal Jaime Neto as políticas locais devem ter um cunho europeu mais forte. Considera que a comunicação entre Bruxelas e as autarquias tem sido difícil pois existe, desde logo, muita burocracia. “As cidades quando têm projectos têm que se dirigir às comissões de coordenação, estas por sua vez dependem dos governos, que dialogam com autoridades europeias”, disse, destacando que se trata de um processo lento, burocrático e que, muitas vezes, impede as acções locais.
Tendo por base o mote “Caldas 2021” Jaime Neto apresentou algumas ideias para a cidade na altura em que já terão terminados os fundos estruturais e quando se viverá um novo mandato autárquico. O deputado municipal começou por defender um reforço da centralidade das Caldas, assente no termalismo, visto numa envolvente regional e englobando, por exemplo, o mar e o surf. Também a Praça da Fruta merece outra valorização, mesmo à escala europeia, acrescentou.
E porque não há desenvolvimento regional sem desenvolvimento económico, Jaime Neto considera que é preciso diversificar a base económica e social local e criar um centro logístico para a região. Também a mobilidade e a acessibilidade têm que ser pensadas, com uma maior integração dos transportes públicos municipais à escala regional, a promoção da mobilidade ciclável e a modernização da Linha do Oeste.
O deputado socialista defendeu também melhores políticas para as pessoas, com a possibilidade de aprendizagem ao longo da vida, maior sinergia com a ESAD, possibilitando à cidade adquirir o estatuto de “saudável e criativa”.
A cabeça de lista do PS por Leiria às próximas legislativas, Margarida Marques, falou da necessidade de se criarem políticas para os jovens emigrantes poderem voltar ao seu país, assim como de mandar jovens empreendedores para o estrangeiro, a fim de adquirirem mais conhecimentos.
A candidata, que durante vários anos trabalhou na Comissão Europeia, considerou que “este governo não soube defender os interesses de Portugal em Bruxelas”. Considera, por isso, que há uma “urgência” de mudança para colocar a economia portuguesa no contexto internacional e a do distrito de Leiria no contexto nacional.

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