O PS caldense vai voltar a propor a criação do Fundo de Emergência Social, à semelhança do que já acontece em cerca de 200 municípios do país.
“É fundamental que a Câmara das Caldas tenha um fundo de emergência social. Não podemos ser insensíveis às pessoas que passam dificuldades”, considera o vereador socialista Delfim Azevedo, defendendo uma verba de 350 mil euros para aplicar, caso seja necessário, em medicamentos aos idosos ou reforço das refeições das crianças com carências alimentares.
Os vereadores socialistas já tinham sugerido a constituição deste fundo na sessão de Câmara de 14 de Fevereiro, mas a proposta foi chumbada pela maioria social-democrata. Nessa altura, o presidente da Câmara, Fernando Costa, disse não fazer sentido constituir um fundo para comparticipar em despesas de renda de casa, medicamentos, pagamentos de água, subsídios a desempregados e outros, já que estas situações devem ser resolvidas no âmbito da Segurança Social do Estado. De acordo com o autarca, ter que resolver essas situações levariam a “Câmara à falência e conduziria a um aumento dos impostos municipais”.
Delfim Azevedo (PS) lembrou que a Câmara de Lisboa aprovou a criação de um fundo de emergência de 1,5 milhões de euros e acrescentou que a maioria PSD tentou partidarizar a proposta apenas porque foi o PS a introduzi-la.
“Achar que as famílias devem ficar sem apoios porque não se sabe bem como se lhos deve dar significa que a Câmara sabe que os apoios são necessários, mas não quer ocupar-se nem preocupar-se em encontrar uma forma de os conceder”, criticaram os deputados socialistas.
Delfim Azevedo e Rui Correia repudiaram ainda as afirmações do presidente da Câmara, ao dizer que este fundo “não pode ser criado porque conhece munícipes que recebem mil euros mensais e não sabem gerir o seu dinheiro”. Os vereadores socialistas dizem mesmo que se trata de um “empirismo inaceitável” julgar uns pelos outros e por causa de um estereótipo impedir que haja apoios adicionais a quem realmente necessita.






























