Em caso de eleição, penichense irá dividir o mandato com o fundador do partido, Tino de Rans
Márcia Henriques, que é natural de Peniche e que desde 2022 é a presidente do partido RIR – Reagir Incluir Reciclar, será a cabeça de lista para as Eleições Europeias, que vão ocorrer, em Portugal, no dia 9 de junho.
“Serei a cabeça de lista às Europeias e em segundo lugar vai o Vitorino Silva [conhecido como Tino de Rans]”, explicou Márcia Henriques, esclarecendo que será um mandato dividido. “Iremos fazer um mandato ao jeito do presidente da Assembleia da República agora, com a primeira metade do mandato feita por mim e a segunda metade pelo Vitorino Silva”.
Um dos grandes objetivos do RIR passa por contribuir para a diminuição da abstenção. “Queremos chamar a atenção do eleitorado para a importância das Eleições Europeias”. Depois, há temas que querem que sejam colocados na ordem do dia a nível europeu, “falamos dos fluxos migratórios, de uma força militarizada europeia, que perante o cenário bélico que temos na Europa e no Médio Oriente faz sentido pensarmos em defendermo-nos como um todo”.
A agricultura e as pescas, cujas políticas são comuns a nível comunitário, estão também no topo das prioridades. “Somos o país com mais mar e andamos sempre aflitos com quotas de pesca, temos que ter uma voz ativa no Parlamento, apesar de Portugal só ter 21 deputados, que é pouco, temos que nos conseguir bater na defesa dos nossos interesses”.
O lançamento da campanha ocorreu no restaurante Mãe d’Água, no Carvalhal (concelho do Bombarral), num almoço convívio realizado a 6 de abril (sábado).
Entretanto, o partido deixou algumas propostas que poderão ser incluídas no programa de governo, como a criação de um passe aéreo para voos nacionais e a possibilidade de contratação de médicos generalistas por parte do Serviço Nacional de Saúde. “Permitia alargar horários nos centros de saúde e consequentemente evitava que os serviços de Urgência estivessem a abarrotar”, nota, frisando que contribuiria também para reduzir a contratação de médicos tarefeiros. “Temos uma série de propostas que faremos chegar aos partidos com representação parlamentar, nós estamos de fora, mas continuamos interventivos”, frisa, notando que “não é fácil para um partido sem representação parlamentar e sem subvenção pública, que nunca tivemos, ter um ritmo de trabalho, apresentar propostas e intervir publicamente”. É que “não queremos ser um partido que só aparece para as campanhas e para as eleições”, realça.
Dois anos como presidente
Márcia Henriques, de 45 anos, é natural de Peniche e é advogada. Está ligada ao RIR desde a fundação do partido, em 2019, tendo sido vice-presidente e porta-voz do mesmo, bem como cabeça de lista pelo distrito de Leiria nas Legislativas. Há cerca de dois anos, em maio de 2022, assumiu a presidência do RIR. Sobre essa experiência conta que “tem sido trabalhoso, porque acho que nunca houve tantas eleições seguidas”. Ainda assim, e apesar do trabalho burocrático, “tem sido agradável”, analisa, dizendo que um dos grandes objetivos do partido para as legislativas era não descer face ao ato eleitoral de 2022 e que foi conseguido, ainda que não tenham atingido o resultado desejado, que passava pela eleição. “Somos o partido que está à porta da Assembleia da República e o meu objetivo é que nos abram a porta”, afirma Márcia Henriques, retirando o ADN da equação, que “creio que não tem aquele número de eleitores”. ■






























