Peniche realiza marcha da indignação pela defesa dos serviços de saúde

A Comissão Municipal de Saúde do concelho de Peniche está a promover, para 6 de Junho, pelas 21h00, uma marcha de indignação pela forma como o concelho está a ser tratado no que diz respeito à saúde.
A deliberação foi tomada no passado dia 13 de Maio, por unanimidade, por esta comissão, representada por membros de todos os partidos da Câmara e da Assembleia Municipal. No entanto, e até lá, a comissão reitera a “disponibilidade para um diálogo frutuoso” com o ministro da Saúde, que “se traduza no anúncio de medidas concretas”, refere em comunicado.
No documento, os autarcas lembram que no Verão de 2009 “iniciou-se o desmantelamento do Hospital do Peniche, com encerramento de serviços e retirada de equipamentos, em flagrante incumprimento do acordo feito em 2008”, entre o ministro da Saúde e o presidente da Câmara de Peniche.
Desde 2011 que os autarcas têm solicitado uma audiência com o ministro Paulo Macedo e esta, “apesar de prometida, nunca se concretizou”, referem.
Já em finais de 2013 os secretários de Estado “comprometeram-se”, perante a comissão, a entregar até ao final de Janeiro do ano passado o plano de reorganização do CHO, de modo a que a comissão se pudesse manifestar, previamente, sobre as medidas a implementar. No entanto, “os senhores secretário de Estado da Saúde e Adjunto do Ministro da Saúde desrespeitam o concelho de Peniche faltando ao prometido”, acusam os elementos da comissão, destacando que até agora nada foi entregue e continua o “caminho de desmantelamento do nosso Hospital São Pedro Gonçalves Telmo”.
Também a falta de respostas ao nível dos cuidados de saúde primários se mantém. “O concelho tem mais de 50% de utentes sem médico de família”, denunciam, realçando que o Hospital não consta da lista de intenções de investimento público divulgada recentemente. Fica, desta forma, sem o investimento “prometido” na valorização e na reformulação das urgências, adequando-as a um verdadeiro Serviço de Urgência Básica.