PCP em mais uma acção de rua pela Linha do Oeste

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PCP Linha do Oeste
Foram distribuídos 500 panfletos nas estações do Bombarral, Caldas e Leiria

Emigrado em França desde os anos 60, Joaquim Fonseca aproveita as férias para, juntamente com a sua esposa, passear em Portugal. Este ano escolheu as Caldas para passar os meses de verão e optou pelo comboio como o modo de transporte para se deslocar nas suas viagens a Lisboa. Contudo, diz que os comboios são poucos e lentos.
“Há muitos anos que a Linha do Oeste devia ser requalificada”, conta Joaquim Fonseca, uma opinião que também é partilhada pela organização regional de Leiria do PCP que, na tarde de 30 de Junho, realizou uma acção nas estações do Bombarral, Caldas da Rainha e Leiria a exigir melhorias neste meio de transporte.
De acordo com Vítor Fernandes, do PCP das Caldas da Rainha, esta é uma bandeira antiga do partido e dos caldenses, na medida em que a Linha do Oeste poderia ser um “factor de desenvolvimento regional e de contribuição para a melhoria das condições de vida das populações desta região”.
Para os comunistas, o modo ferroviário é o mais amigo do ambiente e poderia ser uma “alternativa válida” ao transporte rodoviário pelo que defendem a urgente modernização e requalificação da linha. Esta requalificação passa pela sua electrificação, aquisição de material circulante moderno, adequada ligação à restante rede ferroviária nacional, recuperação das estações, reconfiguração dos horários e preços socialmente justos.
Numa reunião recente que tiveram com responsáveis da Refer (Rede Ferroviária Nacional) sobre a Linha do Oeste, foi-lhes mostrado um projecto que envolvia 162 milhões de euros para a modernização da linha, mas “disseram-nos que o projecto estava parado”, conta Vítor Fernandes, que considera que este seria um investimento prioritário para desenvolver o país e permitir a criação de emprego.
Para o PCP tem havido falta de vontade política para resolver esta situação. Um dos exemplos dados por Vítor Fernandes foi a inviabilização, por parte do PS e do PSD, da proposta de uma verba de dois milhões de euros no Orçamento de Estado para começar o projecto. “Como é que é possível que aqui defendam uma coisa e depois na Assembleia da República votem contra?”, questiona o militante comunista, recordando que os responsáveis regionais daqueles dois partidos participaram numa petição a favor da modernização desta mesma linha.
Também o poder autárquico “está muito recuado, pois devia ter já feito muito mais em relação à Linha do Oeste”, disse, acrescentando que os acordos e compromissos políticos “sobrepõem-se” aos interesses das populações e da região.
“Não vamos desistir e vamos continuar a insistir, também na Assembleia da República na necessidade de modernizar esta linha”, garante Vítor Fernandes, que vai agora propor aos deputados para que confrontem o governo em relação aos compromissos que este assumiu em relação à Linha do Oeste.
Neste dia os militantes comunistas distribuíram cerca de 500 panfletos nas estações do Bombarral, Caldas e Leiria.

 

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