Passos Coelho diz que Óbidos é um exemplo para outros municípios

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Gazeta das Caldas

FotoPassosVisitaPassos Coelho inaugurou no passado dia 11 de Julho os edifícios centrais do Parque Tecnológico de Óbidos (PTO), um investimento de cinco milhões de euros, onde estão instaladas cerca de 60 empresas ligadas à criatividade. O primeiro-ministro destacou o trabalho “extraordinário” que o município de Óbidos tem feito nos últimos anos e considerou-o mesmo um exemplo para os seus congéneres.
À chegada o governante era aguardado por perto de 40 manifestantes que reivindicavam uma mudança de política, mas não os chegou a ver pois o governante entrou por outro dos acessos aos edifícios centrais.

Depois de se ter inteirado do trabalho desenvolvido pelas cerca de 60 empresas instaladas nos edifícios centrais do PTO, o primeiro-ministro disse que este era um exemplo “emblemático” do que pode ser feito no país. Considera mesmo que deve ser olhado “com muito interesse” por outros municípios e regiões, para perceberem o que pode ser feito com o apoio de fundos comunitários e “lideranças importantes” na área política e empresarial.
Já antes, no seu discurso, o primeiro-ministro tinha-se referido ao trabalho “espantoso, extraordinário”, que Óbidos tem feito ao longo dos últimos anos. Reconheceu que se trata de um concelho com algumas especificidades, mas que teve, sobretudo, “génio, criatividade, ambição que o distinguiu nestes anos”.
Passos Coelho destacou o trabalho do actual e anterior presidentes de Câmara, respectivamente Humberto Marques e Telmo Faria, que tomaram decisões que permitiram que Óbidos tenha vindo a gerar uma “dinâmica extraordinária de crescimento e a acumular um capital que hoje está bem patente em muitas das empresas que aqui estão”. Estas apostas permitiram, na sua opinião, modificar não só este concelho, mas uma parte da região Centro do país, deixando o repto para que outros municípios possam fazer um “caminho parecido”.
Para o primeiro ministro não há dúvida que foi dada volta à crise, pois a economia está a crescer e o emprego começa a dar mostras da sua vitalidade. Sublinhou o trabalho do Parque Tecnológico durante este período difícil, com as empresas a conseguir resistir e a preparar-se para o futuro.
Considera que agora o país deve tirar partido das oportunidades europeias, para se tornar mais competitivo, dando a conhecer que está “praticamente em funcionamento o fundo de Investimentos Estratégicos”, conhecido pelo Plano Juncker. “Entre este plano e o Portugal 2020 temos muitas oportunidades poder obter financiamento para projectos que podem fazer a diferença nos anos mais próximos”, disse, acrescentando que também as taxas de juro estão “historicamente baixas”.
A estes factores juntam-se a baixa dos preços de petróleo “para que aqueles que sabem o que querem, e que não se distraem com acessórios, se possam preparar melhor para ciclos económicos menos favoráveis”, concretizou.
Mas também o Estado tem de “criar condições” para o crescimento da economia portuguesa, disse, revelando que nos próximos anos é necessário reformá-lo, para simplificar procedimentos.
“Temos que ter um Estado também ele mais criativo, produtivo e eficiente”, defendeu o governante, que quer ver uma agilização maior nos processos.
“Ainda há coisas que demoram demasiado tempo a decidir e a executar”, admitiu, acrescentando que vão “reavaliar os procedimentos administrativos” para que estes sejam mais rápidos e simples.

FotoCaixa1-Maquina“Um projecto sustentável”

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Para o presidente da Câmara de Óbidos, Humberto Marques, a vinda do primeiro-ministro ao PTO é um “sinal claro” de que este acredita nos empresários e que está do lado deles. O autarca agradeceu-lhes também por terem escolhido Óbidos para fixar as suas empresas, acreditando que se tratou de uma escolha “racional e uma estratégia que reside neste território” de aposta na criatividade e nas pessoas.
Humberto Marques lembrou que começaram por evoluir de uma estratégia de desenvolvimento muito centrada na agricultura e turismo para

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um modelo de “verdadeira economia criativa, onde uma nova realidade de empresas se instalaram em Óbidos”. Referindo-se aos edifícios centrais disse que são muito mais do que um centro de incubação, sendo um local de fusão de ideias e de modelos de negócio em competências. Garante que o PTO não faz concorrência nem às suas empresas nem a empresas externas, caracterizando-o como um projecto sustentável e que estará cá “daqui a 10 anos”.
No parque tecnológico nasceu já o SpinLab, que é gerido por um consórcio de empresas ali sediadas. Trata-se de pequenos laboratórios de garagem que permitirão a empresas e particulares investigar e desenvolver os seus protótipos de produtos e serviços com baixo investimento inicial. Foram identificadas como áreas fundamentais a mecatrónica, bio-lab (biologia) e um agro-lab (agricultura). Este último já se encontra a trabalhar num projecto ligado à conservação da pêra Rocha.
No “coração” dos edifícios centrais funciona um media lab, dirigido a freelancers na área do new media, com um conjunto de equipamentos disponíveis para o desenvolvimento dos projectos.
Alem de participar em missões internacionais, os responsáveis pelo PTO têm desenvolvido contactos com estruturas similares e estão em condições de “desafiar” esses parceiros a criar uma rede que permita a estas empresas usufruir de condições especiais de instalação temporária, ou reuniões de negócios em diversos locais da Europa e no Brasil.
O município vai também estabelecer uma parceria com uma empresa do Parque, a Hope Care, para fazer um primeiro piloto de monitorização de um grupo de jovens do concelho. Este servirá de “base futura para a definição de políticas de saúde baseadas em dados científicos e não em observações empíricas”, concluiu o autarca.

FotoCaixa2-ProtestosMáquinas construídas a partir dos sonhos das crianças

Mariana Santos foi uma das autoras da Mátira, uma máquina que ajuda a “combater” os sonhos maus e o medo do escuro. “Acreditava que iria ser assim e funciona!”, disse, olhando para o objecto que se encontrava pousado junto do desenho que ela e os colegas tinham feito no início do ano e que agora se encontrava exposta numa das salas dos edifícios centrais do PTO. A esta máquina junta-se uma segunda que ensina a atar os atacadores, um barco que é também uma bicicleta e permite apanhar bolas no recreio, um “monstro” que ensina a atar os atacadores e é, simultaneamente, um jogo, e um comboio coberto que permite aos meninos brincar no exterior mesmo nos dias de chuva.
Ao todo foram cinco as máquinas feitas neste ano piloto do projecto que nasceu em Kortrijk (Bélgica) e que já se estendeu a países como Eslovénia, França, México, Escócia é África do Sul, tendo com objectivo promover a criatividade na educação. No caso português envolveu as crianças dos complexos, estudantes e professores da ESAD e da ESTG (do Instituto Politécnico de Leiria) e empresas de electrónica instaladas no PTO.
As máquinas vão agora para as escolas, mas há a possibilidade de viajarem até Paris pois o promotor do projecto pretende criar uma exposição global, no próximo ano.

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