O partido Aliança quer que os cidadãos tenham a liberdade de escolha entre a oferta pública e privada através da universalidade de seguros de saúde. Elegendo esta área como uma prioridade, e com o objectivo de conhecer a realidade na região, uma comitiva deste partido liderada pela cabeça de lista pelo distrito, Joana Ferraz, visitou o Montepio Rainha D. Leonor, nas Caldas da Rainha, no passado dia 11 de Setembro.
A Aliança defende a existência de seguros de saúde para todos. “O cidadão deve ter liberdade de escolha entre a oferta pública e privada através da universalidade de seguros de saúde”, defendeu Joana Ferraz, justificando que as pessoas não podem estar sujeitas a que o serviço ou médico que lhe calha seja bom ou mau, sem poder decidir o que quer para si.
Com o objectivo de conhecer a realidade no distrito, a cabeça de lista do partido por Leiria visitou o Montepio Rainha D. Leonor e reuniu com elementos da sua administração. Considera que as perspectivas de futuro daquela associação mutualista “são muito boas” e que lhes dá “conforto saber que, apesar dos problemas que o CHO tem, há uma instituição que faz uma oferta diferenciada”.
Em breve, os dirigentes da Aliança irão visitar os hospitais das Caldas e Peniche, do CHO, para fazer o contraponto e ver como a oferta pública e privada se complementam.
Joana Ferraz quis saber se é premente a construção de um novo hospital no Oeste e foi-lhe explicado pelos responsáveis do Montepio que essa é uma necessidade sentida por toda a população. Consideram que a unidade caldense é a que está em piores condições em termos de resposta aos utentes e explicaram que o Montepio não pretende substituir-se ao hospital, mas complementá-lo.
A nova unidade de saúde que o Montepio pretende construir (nas actuais instalações da EDP à entrada da cidade) vai ter, por exemplo, uma ressonância magnética, equipamento que, próximo das Caldas, só existe em Torres Vedras, Lisboa ou Leiria.
Escritura entre Montepio e EDP celebrada hoje
O Montepio Rainha D. Leonor irá celebrar hoje, 20 de Setembro, a escritura com a EDP para transformar o edifício à entrada da cidade na sua nova clínica. Após a assinatura do documento, darão início aos projectos da especialidade para o edifício.
António Graça Santos, do Conselho de Administração do Montepio, explicou que a instituição tem três grandes segmentos de negócio: a casa de saúde situada no centro da cidade, o condomínio residencial e o lar de idosos com 60 residentes e mais 10 em valência de centro de dia, que é protocolado com a Segurança Social.
A casa de saúde possui também uma unidade de convalescença, com 12 camas protocoladas com a ARSLVT. A associação mutualista vive dos serviços prestados e da cotização dos associados. A excepção é o lar que é protocolado com a Segurança Social, mas nesse caso o subsídio é dado aos residentes.
As valências de lar de idosos e condomínio residencial estão lotadas, havendo uma lista de espera de dezenas de pessoas que querem adquirir apartamentos no condomínio residencial. É dali que saem, diariamente, mais de 600 refeições e é lavada e tratada 700 quilos de roupa, que depois seguem para todas as valências.
Esta procura pelas residências, ao invés da institucionalização em lar, não surpreende a cabeça de lista por Leiria, Joana Ferraz, que considera que a população sénior procura um serviço diferenciado. “O país vai ter que olhar para os novos idosos de outra maneira. As pessoas da terceira idade já são muito mais dinâmicas, usam as novas tecnologias”, disse, acrescentando que há que adequar os serviços, sob pena de se ter uma geração de idosos que sente que a sociedade não está a dar resposta às suas necessidades actuais.































