No dia 17 de Dezembro teve lugar a primeira Assembleia de Freguesia de Alfeizerão após as eleições de Outubro. Foi uma sessão bastante participada e demorada (cerca de quatro horas), mas não se registou a presença de muitos fregueses apesar de se ter mudado o horário para o domingo, pelo que estas reuniões deverão voltar ao horário anterior. Dando início aos trabalhos falou António Monteiro (PS) que questionou o presidente da Junta sobre a situação da postura de trânsito, que se encontra na Câmara há bastantes anos e que até à data nada foi resolvido. Da mesma bancada usou da palavra Vítor Castro que apontou vários problemas existentes em Alfeizerão como o semáforo à entrada da vila, um buraco na entrada para a urbanização Fortunato, que pode causar graves problemas aos moradores que ali residem. O mau cheiro proveniente de pecuárias situadas na periferia de Alfeizerão é também um problema que está a prejudicar o ambiente e a população, como é evidente.
O presidente da Junta, Leonel Ribeiro (PSD) tomou nota das queixas apresentadas e prometeu pressionar a Câmara de Alcobaça no sentido de dar uma solução rápida às referidas questões. De seguida informou a Assembleia que há terreno no Casal do Aguiar que tem sido utilizado por um particular e que havia dúvidas se o mesmo pertencia à Junta. Foi feita uma pesquisa nos serviços camarários e chegou-se à conclusão de que o espaço em causa não está registado como bem da autarquia.
Referiu ainda que a obra do Centro Escolar não tem, por enquanto, data para o seu começo, um vez que houve divergências entre os construtores no concurso público e o caso passou para o Tribunal de Leiria.
O autarca abordou também o assunto do investimento chinês e informou que há uma parcela (1.500m2) considerada área urbana, que já pode ser utilizada, mas o restante terreno (3.500m2) ainda está classificado como rústico. Aguarda-se por isso uma decisão das entidades responsáveis. Sobre o semáforo, o caso terá de ser resolvido pelas seguradoras e a empresa Infraestruturas de Portugal.
Vítor Castro pediu um esclarecimento sobre o facto do proprietário do Centro Equestre Internacional de Alfeizerão (CEIA), Rogério Ramos, ter solicitado uma autorização para instalar uma unidade industrial em Alfeizerão e não ter obtido resposta.
O presidente disse que soube casualmente deste pedido, que foi feito directamente à Câmara de Alcobaça e não passou pela Junta, o que lamentou. Disse que não sabia qual o ponto da situação.
Entrando na discussão do Orçamento para 2018, Leonel Ribeiro anunciou que a Junta vai receber a verba de 279.384,59 euros. Vítor Castro interveio para dizer que o Orçamento deveria ser analisado em conjunto, ou seja entre os dois partidos (PSD e PS) antes de ser entregue aos elementos da Assembleia, pelo que o PS na altura da votação absteve-se. Assim o Orçamento foi aprovado por maioria, com os votos do PSD. Leonel Ribeiro adiantou que a Granja das Maçãs vai contar com uma nova máquina, um corta-sebes, e que a freguesia do Bárrio vai entrar nesta associação.
Sobre a polémica levantada por causa das obras do Cemitério do Valados de Santa Quitéria e da transferência da verba que se destinava a obras no cemitério de Alfeizerão, o autarca garantiu que a obra de Alfeizerão vai avançar logo que termine a do Valado de Santa Quitéria. “Fomos obrigados a proceder desta forma porque a obra do Valado era urgente, como muita gente sabe”, disse.
O presidente informou que a Câmara quer instalar em Alfeizerão uma loja tipo posto do cidadão. Para isso é necessário um novo funcionário, o que é sempre difícil. O presidente da Assembleia de Freguesia, Pedro Rodrigues, sugeriu que se distribua uma cópia das actas pelos elementos que compõem a Junta, oito dias antes das assembleias, para evitar perda de tempo com a sua leitura, o que foi aprovado por maioria.
Dos cinco fregueses presentes apenas José Mota Pedro, aproveitando o tempo que lhe foi concedido, lembrou, uma vez mais, os velhos problemas que afectam Alfeizerão e lugares da freguesia. Deixou um mensagem para o presidente de Alcobaça, Paulo Inácio: “Não se esqueça do povo de Alfeizerão, que bem merece o seu apoio”.
T. Antunes































