
O Nós, Cidadãos foi criado através de um movimento de cidadãos e agora pretende, conforme explicou o Cardoso Silva à Gazeta das Caldas, colocar “a sociedade civil, que somos todos nós, no poder”. E depois operar uma reforma do Estado.
Tem como uma das suas principais imagens uma rosa-dos-ventos e os principais quatro pontos que defendem são a promoção do emprego e redução do sobreendividamento, o combate à corrupção, uma reforma no sistema político e eleitoral, e uma nova estratégia para o país.
Em ruptura com o actual paradigma neo-liberal, defendem que esta é “a revolução que falta fazer em Portugal” e que “depois do 25 de Abril é o principal desígnio a cumprir”.
Criticam uma máquina estatal demasiado pesada e “parasitária, que suga a sociedade a civil”, num “país que tinha tudo para ser próspero”, mas onde o Estado “não conhece a realidade”. E não poupam também críticas à corrupção, à extrema burocracia na hora de criar um negócio, à legislação “feita em gabinetes de advogados privados, a pagar milhões, sem se recorrer às universidades”.
Este partido aponta o dedo ao centrão porque, apesar de tentarem criar e mostrar divergências, “na base o PS e o PSD são iguais”.
O Nós, Cidadãos situa-se “mais à esquerda que a direita e mais à direita que a esquerda, com todas as consequências que isso tenha pois o que nos interessa é o futuro do país”. No fundo, querem “uma democracia mais participativa e não tanto representativa”, disse Cardoso Silva.
Um resultado bom para este partido seria “fazer passar e compreender a mensagem de que a sociedade civil deve ser um parceiro estratégico do Estado”.
Para as Caldas, e apesar do seu programa não apresentar obras, têm como prioridades “revitalizar a indústria cerâmica e o termalismo, e considerar a hipótese de ser uma cidade de saúde”, mas também recuperar a Feira da Fruta, tendo em conta o elevado peso da agricultura no concelho.
As artes também não foram esquecidas, até porque “as Caldas tem condições para criar uma cidade de cinema”.
E reclamam para si a ideia que “o PS pegou e ainda bem”, de taxar as empresas não só pelos trabalhadores, mas também com base nos lucros, com vista à sustentabilidade da Segurança Social.
Sem pressas, o candidato Cardoso Silva, assume que “havemos de lá chegar, o caminho faz-se caminhando, não há revoluções de um dia para o outro”.
Isaque Vicente
ivicente@gazetadascaldas.pt






























