
Os novos líderes do MVC – Movimento Viver o Concelho estão contra a lei do financiamento dos partidos. Emanuel Pontes e Teresa Serrenho (filha da anterior presidente) acham que os portugueses deveriam ir para a rua mostrar a sua indignação e fazer um debate alargado perante esta decisão dos partidos políticos (excepto CDS/PP e PAN) obterem financiamento estatal.
“De momento não temos a parte política da associação activa”, referiu Emanuel Pontes, o novo presidente do MVC. No entanto, quando tinham a função de movimento político “nós reivindicávamos os mesmos direitos dos partidos políticos mas diziam-nos que a lei não estava regulamentada”. Por isso, o dirigente questiona-se: “se a lei anterior não estava regulamentada como é que se cria uma nova?”.
Para Emanuel Pontes, este é um modo de manter as dificuldades aos movimentos de cidadãos, que não têm direito a estes apoios. “Por causas mais nobres os partidos não se juntam, mas quando toca ao financiamento já se colocam lado a lado”, denunciou, referindo que as excepções foram apenas o CDS e o PAN que votaram contra a nova lei.
O MVC entende que deveria ser feito um debate alargado sobre este tema dado que os movimentos de cidadãos “são uma nova realidade e estes não se vão extinguir”. Crescem por toda a Europa e com esta acção de “permitir o autofinanciamento, descredibiliza-se ainda mais a política e os partidos”, disse o responsável.
A vice-presidente do MVC, Teresa Serrenho, não esperava outra acção do Presidente da República a não ser o veto. O Chefe de Estado “usou de bom senso”, disse pois os partidos tinham legislado em proveito próprio e mostraram também “que são imunes e impunes”.
Por isso, Teresa Serrenho acha que os portugueses devem manifestar-se e “dar a cara pelo que defendemos”, explicando que quando o seu movimento de cidadãos tomou um lado político e se candidatou à autarquia “até tivemos que pagar o IVA”.
Os dirigentes do MVC referiram que a votação foi feita de forma estratégica, entre o Natal e o jogos de futebol e estranham que num mês tudo tivesse sido aprovado “sem que o conteúdo fosse discutido” e com a aliança da larga maioria dos partidos.
Numa altura em que a Finlândia vai implementar o Rendimento Básico Garantido, “nós andamos aqui a financiar partidos”, disseram indignados.
MVC quer mais associados
“Queremos crescer e ter mais associados”, disse Emanuel Pontes, explicando que já possuem 90 elementos e que não são apenas das Caldas. Já há associados de outras localidades da região como Rio Maior, Santarém e Alfeizerão.
O projecto 21 às 21 vai ter continuidade, mantendo uma tradição que já soma oito anos. A associação vai iniciar também um clube de leitura, que vai organizar sessões de lançamentos de livros, de leitura pública e de debate que terá lugar em vários espaços.
O MVC vai também continuar a apoiar as populações vítimas dos incêndios e a trabalhar em parceria com outras entidades nas hortas urbanas. Ponderam participar no Caldas Late Night, já que há dois anos a sede do MVC acolheu a apresentação de projectos artísticos de 15 autores.
Na sede do MVC está a decorrer o programa de Educação para a Paz, além de aulas de Yoga de Defesa Pessoal/Condição Física. Está ainda prevista a realização de um concerto de taças tibetanas. Em breve estão previstos workshops de restauro e de dar nova vida às roupas.






























